As bolsas de Nova York fecharam sem direção única, com o Dow Jones em queda e altas no Nasdaq e S&P500. Os mercados aguardam os balanços da Nvidia, na próxima quarta-feira (20), como o grande catalisador de curto prazo após o rali pós-eleição dar sinais de esgotamento como vetor de influência ampla para os ativos, ainda que alguns ativos específicos continuem reagindo ao perfil da equipe que o presidente eleito Donald Trump.
O índice Dow Jones fechou em baixa de 0,13%, aos 43.389,60 pontos. O S&P 500 subiu 0,39%, aos 5.893,62 pontos e o Nasdaq registrou avanço de 0,60%, aos 18.791,81 pontos. Na semana passada, o Dow Jones cedeu 1,24%; o S&P perdeu 2,08% e o Nasdaq recuou 3,15%.
As ações da Nvidia cederam 1,29%, após relatos um relatório do The Information citar que os chips Blackwell, um carro-chefe da companhia, superaqueceram quando conectados em racks de servidores personalizados.
Para o Bank of America, a Nvidia continua a ação mais dominante no mercado, gerando 20% do retorno do S&P 500 no último ano.
“Com o mercado fazendo uma pausa após o rali das eleições, os lucros da empresa podem ditar a direção no curto prazo”, afirmaram os analistas do banco. “O mercado está precificando mais risco para o S&P 500 vindo do resultado da Nvidia do que com os próximos relatórios do payroll, CPI ou FOMC”, escreveram analistas do banco.
O desempenho do Walmart, que divulga balanço amanhã, também será relevante para avaliar a força do consumidor no início da temporada de pico de vendas do varejo. As ações da empresa recuaram 0,19% no pregão.
Por outro lado, a Tesla saltou 5,62%, com informações de que equipe de transição de Trump pretende flexibilizar as regras para carros autônomo.
A Spirit Airlines despencou 18% após a companhia aérea entrar com pedido de concordata.
Em direção oposta, as ações da Supermicro saltaram 16%, diante da expectativa de que a fabricante de servidores de inteligência artificial apresente um plano para evitar a exclusão de seus papéis da bolsa.
A Nasdaq deu um prazo limite até hoje para a apresentação do plano depois de a companhia não ter protocolado formulários contábeis do ano anterior, além de ter perdido a Ernst & Young como auditora de seus balanços no fim de outubro.