O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou nesta segunda-feira (18) que o Brasil não vai parar de exportar petróleo enquanto houver demanda global.
Durante entrevista na Cúpula de Líderes do G20, Silveira destacou que o país precisa adotar uma abordagem prática sobre a exploração do recurso.
“Petróleo ainda é uma fonte energética global. Quem parar de produzir terá que ou andar de carroça ou importar, pagando mais caro. Não é o que vamos fazer no Brasil”, disse em coletiva de imprensa.
Silveira rejeitou críticas sobre contradições entre a exportação de petróleo e a posição brasileira no G20, que defende o desenvolvimento sustentável.
Ele enfatizou que o Brasil tem uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo e que a transição para fontes renováveis deve ser um esforço conjunto entre as nações.
O gás natural também foi abordado como parte dessa transição. Silveira defendeu estudos para viabilizar, se necessário, o uso do fracking — técnica para liberar gás natural de rochas — no Brasil de forma segura.
A técnica é proibida no país devido aos impactos ambientais. Apesar disso, o governo importa gás produzido com esse método de países como Estados Unidos e Argentina.
“Se nós fizermos de forma adequada e ainda for uma necessidade do Brasil, eu defendo que devemos ter estudos de gás de fracking em qualquer parte do mundo até que a gente faça isso de forma segura”, afirmou.
O ministro destacou que o gás natural é um combustível confiável e menos poluente do que o petróleo, sendo essencial durante a transição energética.
“Enquanto o mundo demandar, alguém vai ter que fornecer. Que seja para nós o mais barato e o mais próximo”, completou.
