Taxação de 2% dos super-ricos poderia gerar US$ 250 bi por ano Por Estadão Conteúdo

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse durante a cúpula do G20, no Rio de Janeiro, que a taxação de super-ricos pode gerar US$ 250 bilhões por ano globalmente. Ele deu a declaração nesta segunda-feira, 18.

“Uma taxação de 2% sobre o patrimônio de indivíduos super-ricos poderia gerar recursos da ordem de US$ 250 bilhões por ano para serem investidos no enfrentamento dos desafios sociais e ambientais do nosso tempo”, declarou o presidente brasileiro.

Lula também disse que a estabilidade mundial depende de instituições mais representativas. O petista se refere a órgãos como o Conselho de Segurança da ONU, no qual o Brasil e países como Índia e Alemanha gostariam de entrar. “A resposta para a crise do multilateralismo é mais multilateralismo”, declarou o petista. De acordo com ele, a reforma da governança global entrou definitivamente na agenda do G20.

Lula também disse que a diplomacia vem perdendo terreno para a intransigência, e que é urgente rever regras financeiras que afetam países em desenvolvimento. Segundo o petista, a globalização neoliberal fracassou.

O presidente brasileiro disse que medidas tomadas por diversos países depois da crise financeira de 2008 impediram um “colapso de proporções catastróficas” no mundo, mas que esse “ímpeto regulador” não foi suficiente.

“O mundo voltou a crescer, mas a riqueza gerada não gerou aos mais necessitados. Não é surpresas que a desigualdade fomente o ódio, extremismo e violência, nem que a democracia esteja sob ameaça. A globalização neoliberal fracassou”, declarou ele.

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