Exército nega que militares presos acusados de tentar golpe estavam na segurança do G20

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O Exército Brasileiro nega que os militares presos pela Polícia Federal nesta terça-feira, na Operação Contragolpe, estavam na Cúpula do G20, que acontece no Rio de Janeiro.

A operação investiga o planejamento de um golpe de Estado, que previa os assassinatos do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Quatro dos militares presos pela PF – Hélio Ferreira, Mario Fernandes, Rafael Martins e Rodrigo Bezerra – integravam as Forças Especiais do Exército, grupo considerado de elite e conhecido como “kids pretos”.

Em nota divulgada à imprensa, o Centro de Comunicação Social do Exército informou que os militares não estavam participando da operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), que foi implementada por ordem do presidente da República como medida especial de segurança.

De acordo com o texto, Mario Fernandes e Hélio Ferreira estavam na capital carioca para cerimônias de conclusão de curso dos familiares e amigos.

Já Rodrigo Bezerra se deslocou para o Rio de Janeiro a serviço, mas nada que não esteja relacionado ao G20.

Rafael Martins se encontrava afastado por “medidas cautelares determinadas pela Justiça”.

“Este Centro informa, ainda, que a Força não se manifesta sobre processos em curso, conduzidos por outros órgãos, procedimento que tem pautado a relação de respeito do Exército Brasileiro com as demais instituições da República”, diz a nota.

Operação Contragolpe

Agentes da PF cumpriram cinco mandados de prisão preventiva e três de busca e apreensão nesta terça-feira (19).

De acordo com a instituição, os suspeitos teriam planejado assassinar Lula, Alckmin e Moraes em 15 de dezembro de 2022.

O planejamento era chamado de “Punhal Verde e Amarelo” e a criação de um “Gabinete Institucional de Gestão de Crise” também era previsto.

O cumprimento dos mandados aconteceram em Goiás, Rio de Janeiro, Amazonas e no Distrito Federal.

Os militares alvos dos mandados de prisão preventiva foram:

  • Mário Fernandes, general de Brigada (da reserva) e ex-assessor da Presidência do governo Jair Bolsonaro (PL);
  • Hélio Ferreira Lima, tenente-coronel do Exército;
  • Rafael Martins de Oliveira, tenente-coronel do Exército;
  • Rodrigo Bezerra de Azevedo, tenente-coronel do Exército;
  • Wladimir Matos Soares, policial federal.

*Sob supervisão de Ronald Johnston

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