O governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa (Republicanos), contou em entrevista à CNN, neste sábado (23), que o estado espera receber cerca de R$ 1 bilhão com vendas de créditos de carbono em 2025 e explicou que a utilização desses recursos estão definidas de forma percentual.
“Nós já vamos receber em torno de R$ 1 bilhão das vendas de carbono. Estão definidas de maneira percentuais… nas comunidades tradicionais, vamos fazer investimento em projetos, definição de como eles vão sobreviver de maneira sustentável, em torno de 20% desses recursos”, disse Barbosa.
“Também para o agro, para fazer com que os nossos produtores tenham a responsabilidade de preservar além dos 35% das áreas de preservação permanente. Ou seja, produzir em menor espaço já aberto. E 50% em obras de infraestrutura como educação, rodovias, hospitais, nessas comunidades”, declarou o governador.
Primeiro estado brasileiro a negociar créditos de carbono no mercado internacional, parte desses valores que serão recebidos, segundo o chefe do Executivo estadual, estão relacionados a projetos desenvolvidos desde 2023.
Durante a entrevista à CNN, o governador destacou a importância do crescimento econômico, alinhado a políticas de preservação do meio ambiente. “Estamos em amplo crescimento econômico. Mas esse crescimento econômico precisa, também, ver a questão ambiental. Temos que preservar as matas, as nossas nascentes”, pontuou.
“Os nossos empresários do setor têm feito migração da pecuária para a produção. Nós já somos o maior produtor de grãos do norte do nosso país”, destacou Barbosa. No entanto, o governador reforçou a importância de manter o foco na sustentabilidade e o compromisso do governo com a proteção ambiental. “Não permitimos que crimes ambientais sejam provocados, promovidos, no nosso território”, afirmou.
Mais de R$2 bilhões no mercado de carbono
Na quinta-feira (14), o Tocantins informou que busca a venda de R$ 2,5 bilhões em créditos de carbono, relacionados à conservação da floresta amazônica, até 2030.
O estado pretende vender cerca de 50 milhões de créditos de carbono (cada um equivale a uma tonelada de carbono sequestrado por florestas e outras vegetações nativas em todo o território tocantinense) até o fim da década, segundo o comunicado.