Salvador (BA) registrou o maior volume de chuvas para o mês de novembro nos últimos 61 anos, com um acumulado três vezes maior do que o esperado para o período.
Desde o início da frente fria que atinge a cidade, na noite do último sábado (23), a capital baiana já contabilizou 322,3 milímetros de chuva, segundo levantamento do Centro de Monitoramento de Alerta e Alarme da Defesa Civil de Salvador (Cemadec/Codesal). A média histórica da capital baiana para o mês é de 108,22 mm.
Bairros como San Martin (463 mm), Retiro (445,4 mm) e Marechal Rondon (440 mm) lideram os acumulados, com a maior parte das precipitações concentradas nas últimas 48 horas.
Para esta quinta-feira (28), a previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) alerta para chuvas fortes na capital baiana e em outras cidades da região, com acumulados que podem variar entre 50 a 100 milímetros, o que representa risco de alagamentos e deslizamentos. O aviso de perigo, que vale até as 10h desta quinta-feira, mantém a população em atenção.
Chuvas sem precedentes e medidas emergenciais
O intenso volume de chuvas causou um deslizamento de terra no bairro de Pernambués, em Salvador, que resultou na morte de um homem na manhã da quarta-feira (27). Em outra ocorrência, em Saramandaia, também na capital baiana, três pessoas foram resgatadas com vida e uma segue desaparecida.
Uma menina de 12 anos também desapareceu após cair em um bueiro durante um forte temporal em Dias D’Ávila, na Região Metropolitana de Salvador.
Com o volume de chuva registrado em Salvador três vezes maior do que a média histórica para o mês de novembro, com áreas como Saramandaia acumulando mais de 336 mm, o prefeito Bruno Reis (União Brasil) anunciou que a cidade passará por intervenções emergenciais em áreas de risco, incluindo obras de contenção de encostas, para evitar novos deslizamentos e garantir a segurança da população.