O setor público consolidado – formado por União, Estados, municípios e estatais– registrou superávit primário de R$36,9 bilhões em outubro, ante a superávit de R$14,8 bilhões no mesmo mês de 2023.
O resultado consta no relatório “Estatísticas Fiscais” divulgado pelo Banco Central (BC) nesta sexta-feira (29).
No acumulado de 12 meses, o setor público teve déficit de R$223,5 bilhões. O resultado é equivalente a 1,95% do Produto Interno Bruto (PIB).
Em outubro, o governo central registrou superávit de R$39,1 bilhões. Por outro lado, os governos regionais e as empresas estatais registraram déficits respectivos de R$1,9 bilhão e R$360 milhões.
Os juros nominais do setor público não financeiro consolidado somaram R$111,6 bilhões em outubro, comparativamente a R$61,9 bilhões em outubro de 2023.
Segundo o Banco Central, o aumento foi influenciado pelo resultado das operações de swap cambial, perda de R$30,3 bilhões em outubro de deste ano e ganho de R$1,8 bilhão em outubro de 2023.
O resultado nominal do setor público consolidado – que inclui o resultado primário e os juros nominais apropriados – foi deficitário em R$74,7 bilhões no mês passado.
No acumulado em 12 meses, o déficit nominal alcançou R$1,092 trilhão (9,52% do PIB) e déficit nominal de R$ 1,065 trilhão (9,33% do PIB) acumulado até setembro de 2024.
Dívida Líquida do Setor Público
A Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) atingiu 62,1% do PIB, somando R$ 7,1 trilhões.
De acordo com o BC, esse resultado refletiu os impactos da desvalorização cambial de 6,1% no mês, do superávit primário, da variação do PIB nominal, dos juros nominais apropriados, e dos demais ajustes da dívida externa líquida.