Em entrevista à CNN, o diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres, fez um alerta sobre o impacto das fake news na cobertura vacinal do país.
Prestes a deixar o cargo, Torres refletiu sobre sua gestão durante a pandemia e os desafios enfrentados no combate à desinformação.
Segundo o presidente da Anvisa, o Brasil, que anteriormente mantinha índices de aceitação vacinal superiores a 90%, hoje se aproxima de apenas 70%.
Segundo ele, esta queda significativa é atribuída principalmente à disseminação de informações falsas e campanhas antivacina nas redes sociais.
O impacto global da desinformação
Torres ressaltou que o fenômeno da desinformação não se limitou ao Brasil, afetando diversos países ao redor do mundo.
No entanto, ele considera que o Brasil foi particularmente atingido, dada sua histórica alta adesão às campanhas de vacinação.
“O mal que as mentiras veiculadas pela internet, as fake news, os movimentos antivacina, o mal que esses grupos causaram, vai precisar ainda de uma ação muito intensa, muito firme de governos”, afirmou o diretor da Anvisa.
Torres enfatizou a necessidade de esforços contínuos e robustos para reverter essa tendência e recuperar a confiança da população nas vacinas.
O desafio da recuperação
Para retomar os altos índices de cobertura vacinal, Torres indicou que será necessário um trabalho árduo e coordenado entre diferentes esferas do governo e da sociedade.
Ele reiterou a importância crucial das vacinas para a saúde pública, declarando enfaticamente: “Vacinas salvam vidas”.
Segundo o diretor, o desafio agora é não apenas desenvolver vacinas eficazes, mas também garantir que a população confie e adote as medidas preventivas necessárias para o controle de doenças evitáveis.