A Petrobras encerrou o ano de 2024 com lucro líquido de R$ 36,6 bilhões, divulgou a estatal em balanço financeiro publicado na noite desta quarta-feira (26).
O resultado é 70,6% pior que o registrado em 2023, quando a companhia registrou o segundo maior lucro líquido de sua história, R$ 124,6 bilhões.
Apesar dos números negativos, a companhia registrou um fluxo de caixa operacional de R$ 204 bilhões durante o ano, uma vez que efeitos de natureza contábil não afetam o caixa da companhia.
Já a receita de vendas no período foi de R$ 121,26 bilhões, queda de 9,7% ante o mesmo período do ano anterior.
Segundo a estatal, a baixa se deu principalmente “por eventos exclusivos, em maior parte sem efeito no caixa da companhia”.
No quarto trimestre, a petroleira acabou revertendo o lucro líquido de R$ 31 bilhões do mesmo período de 2023, registrando prejuízo líquido de R$ 17 bilhões nos últimos três meses do ano.
A estatal justificou as perdas por impactos de natureza contábil relacionados ao câmbio.
“São operações financeiras entre empresas do mesmo grupo, que geram efeitos opostos que ao final se equilibram economicamente. Isso porque a variação cambial nestas transações entra no resultado líquido da holding no Brasil e impactou negativamente o lucro de 2024. Ao mesmo tempo, houve impacto positivo direto no patrimônio”, disse Fernando Melgarejo, diretor Financeiro e de Relacionamento com Investidores.
Se forem expurgados os eventos exclusivos, o lucro líquido do quarto trimestre seria de R$ 17,7 bilhões. Já o resultado no acumulado do ano passado seria de R$ 103 bilhões sem esses efeitos.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) da companhia ficou em R$ 40,96 bilhões no quarto trimestre e R$ 214,41 bilhões no ano, quedas de, respectivamente, 38,7% e 18,2% ante 2023.
Dividendos
Em paralelo à divulgação de resultados, o conselho de administração da Petrobras aprovou o pagamento de R$ 9,1 bilhões em dividendos, o equivalente a remuneração de R$ 0,70954522 por ação.
O montante é 35,9% menor que os R$ 14,2 bilhões distribuídos no quarto trimestre de 2023.
Considerando os proventos antecipados pela companhia ao longo do ano, a remuneração aos acionistas relativa ao exercício de 2024 deve totalizar R$ 75,8 bilhões.
A Petrobras ainda informou que não haverá pagamento de dividendos extraordinários referentes ao período.
Para quem possui ações negociadas na B3, o pagamento da primeira parcela será no dia 20 de maio de 2025, enquanto a segunda será paga em 20 de junho.
*Com informações de Reuters e Agência Estado
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