Lei europeia contraria lei de livre iniciativa do Brasil, diz Aprosoja Brasil

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A liberdade do produtor rural brasileiro em produzir, que já era um questionamento na moratória da soja, esbarra a cada dia com o avanço da existência da lei antidesmatamento europeia, mesmo que o início de sua vigência esteja previsto para ocorrer em 2026.

Na avaliação do diretor-executivo da Aprosoja Brasil, Fabrício Moraes Rosa, é um “absurdo” que o produtor seja obrigado a cumprir essa lei.

Entrevistado desta quinta-feira (27) do programa Direto ao Ponto, Fabrício Rosa pontua que somente há sentido em vender para a Europa se o produtor receber mais por isso, uma vez que a legislação acarretaria um custo gigantesco para a cadeia.

De acordo com ele, existe uma agenda de mudanças climáticas em que o Brasil figura como uma nação onde há muita mudança em relação ao uso da terra, o que contribuiria com as emissões de gases de efeito estufa e com o movimento de aquecimento.

“Então, por conta disso, nas certificações ou na lei antidesmatamento europeia existe esse corte para que o Brasil deixe de fazer mudança de uso da terra. Isso por si só já é um conceito equivocado. Nós não temos muita terra para fazer mudança. Nós estamos usando as pastagens. Isso há décadas. Não faz muito sentido apertar tanto o Brasil por conta disso”.

O diretor-executivo da Aprosoja Brasil salienta ainda que o Brasil, diante disso, precisa entrar em um debate do que é soberania e o que é verdade em torno de uma “torção” para se utilizar como ferramenta comercial.

“Aí sim, nós vemos claramente, por exemplo, a lei antidesmatamento europeia que impõe essa limitação e, mais do que isso, ao fazê-lo ela vai colocar um custo adicional na cadeia, porque você vai ter que promover uma segregação”.

Ainda conforme Fabrício Rosa, se o produtor possui uma área “onde tem a possibilidade de fazer essa mudança de uso da terra, ou ele deixa de fazer ou ele não vai conseguir exportar para os europeus. Mas, pode ser feita uma proposta a ele. ‘Você quer deixar de fazer a mudança e exportar para mim? Quero. Mas, eu quero que a minha soja seja mais cara’. O europeu vai pagar mais caro? Não. Se ele não vai pagar mais caro, vai ficar mais barata a minha soja e eu vou ter prejuízo com isso”.

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