O ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse nesta quinta-feira (14) que as explosões na Praça dos Três Poderes são fatos “lamentáveis e graves” e que “se distanciam e não se adequam à paz social e à liberdade democrática”.
“Ao contrário, [são fatos] que merecem e devem ser devidamente apurados pelas autoridades competentes, que já estão se encarregando dessa questão”, afirmou.
A declaração foi feita na manhã desta quinta (14), durante sessão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que o ministro também integra.
Mendonça falou na sequência da presidente do TSE, ministra Cármen Lúcia, que também abordou o atentado ao STF.
Para Mendonça, os fatos “fazem a todos reafirmar o nosso compromisso com a paz, com a liberdade sadia, e que na democracia o único embate que é possível é de ideias e não qualquer tipo de prática violenta”.
O que aconteceu
Na noite de quarta-feira (13), duas fortes explosões foram registradas nas proximidades do Supremo Tribunal Federal (STF). No local, foi encontrado o corpo de um homem — que mais tarde foi identificado como Francisco Wanderley Luiz, conhecido como “Tiu França”.
A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) também confirmou a explosão de um carro, pertencente a Francisco, no Anexo 4 da Câmara dos Deputados.
Conhecido como Tiü França, o ex-candidato a vereador pelo Partido Liberal (PL) em Santa Catarina foi o responsável pelas explosões.
A CNN entrou em contato com o PL Nacional e de Santa Catarina, mas ainda não teve retorno.
Segundo as informações preliminares, Francisco Wanderley já tinha passagem pela polícia e foi preso em dezembro de 2012. Ele é o proprietário do veículo encontrado na cena do crime.
As autoridades permaneceram durante toda a noite realizando uma operação de varredura antibombas no local. A polícia também atuou para desativar artefatos plugados no corpo do indivíduo, que permaneceu no local do suposto atentado até a manhã de quinta.
Após as explosões, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) ativou o Plano Escudo — que permite a atuação do Exército nos palácios do Planalto, da Alvorada e do Jaburu e da Granja do Torto sem uma operação formal de Garantia da Lei e da Ordem.
A Polícia Federal (PF) abriu um inquérito policial para investigar o caso.