O homem-bomba que realizou o atentado em Brasília na noite de quarta-feira (13) fabricou um “lança-chamas improvisado” usando um extintor de incêndio e gasolina, segundo o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues.
“Esse equipamento estava com ele no momento do confronto, o que reforça a gravidade da situação”, disse o diretor-geral na manhã desta quinta (14), em entrevista coletiva.
Por “confronto”, Andrei Rodrigues se referia ao momento em que Francisco Wanderley Luiz, após avançar contra o prédio do Supremo Tribunal Federal (STF) para atacar a estátua “A Justiça”, foi abordado por seguranças. Na sequência, o homem se deitou junto a uma bomba e morreu devido à explosão.
Momentos antes, havia ocorrido uma explosão em um carro de propriedade do homem-bomba, que estava em um estacionamento do anexo 4 da Câmara. No veículo, havia mais explosivos manipulados.
“Encontramos diversos fogos de artifício, montados e estruturados em tijolos”, relatou Rodrigues. “Esse material foi acionado e chegou a causar um incêndio parcial no veículo”.
Esses artefatos foram construídos de maneira artesanal, mas com um grande potencial de lesividade, utilizando elementos de fragmentação que simulam granadas. Isso poderia ter causado danos ainda maiores caso o intento dessa pessoa tivesse sido concluído.
Andrei Rodrigues
O homem também levou um trailer para as proximidades do prédio do STF, segundo Andrei. “Isso sugere que houve um planejamento de médio ou até de longo prazo, sinalizando a gravidade de tudo o que foi feito”, acrescentou o diretor da PF.