O nome do pediatra Fernando Cunha Lima, de 81 anos, acusado de estuprar crianças em seu consultório em João Pessoa, na Paraíba, foi incluído na lista de procurados da Polícia Civil do estado.
A medida foi adotada uma semana após ele ser considerado oficialmente foragido pela polícia. Na terça-feira (5), agentes tentaram cumprir um mandado de busca e apreensão na residência do médico, mas o médico não foi localizado.
O pedido de prisão preventiva foi autorizado pela Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJ-PB) após um recurso do Ministério Público, que apontou a necessidade da medida para prevenir novos crimes.
O desembargador Ricardo Vital, responsável pelo caso, justificou a decisão, afirmando que os crimes atribuídos ao médico não são isolados e que sua idade avançada não impede a prisão preventiva. Antes dessa decisão, pedidos semelhantes haviam sido rejeitados por quatro vezes.
Na operação da terça-feira (5), a polícia apreendeu documentos, computadores e celulares relacionados ao consultório de Cunha Lima. A Justiça também determinou a quebra do sigilo telemático do médico, com o objetivo de obter mais informações sobre os crimes.
Investigação
Fernando Cunha Lima é investigado por estupro de vulnerável, em dois processos distintos que envolvem seis crianças. As denúncias começaram a ser feitas em julho deste ano. Os crimes teriam ocorrido durante consultas médicas no consultório do pediatra.
À CNN, o advogado Bruno Girão, representante das vítimas, afirmou que busca agora incluir o nome do pediatra na lista de difusão vermelha internacional da Interpol.
Procurado pela CNN, o advogado de defesa, Lucas Mendes Ferreira, ainda não comentou sobre o caso.
