MP abre procedimento extrajudicial para apurar agressões a advogada por PMs

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O Ministério Público de Santa Catarina instaurou um procedimento extrajudicial próprio pela 2ª Promotoria de Justiça de Içara para apurar agressões de PMs contra uma advogada e sua mãe. O caso que ocorreu no último sábado (9), onde quatro policiais militares agrediram uma advogada e sua mãe, uma servidora pública, após um desentendimento entre um cliente e uma funcionária, em um supermercado, na cidade de Içara, em Santa Catarina.

Segundo a Polícia Militar, os policiais foram acionados para uma ocorrência de injúria ou comunicação falsa de crime em um estacionamento de um supermercado, “onde a princípio uma funcionária de um supermercado e um cliente haviam se desentendido”.

À CNN, a advogada que foi agredida contou que estava no estabelecimento e observou que um menino estava sendo conduzido pelos agentes. “Ele não estava consciente, eles estavam pegando os braços dele puxando para trás, botaram a mão na nuca dele e puxavam para baixo”, relatou.

Em um vídeo obtido pela CNN é possível observar o momento em que dois policiais militares mobilizam a advogada e a conduzem com chutes até a viatura. Outro PM empurra a mãe da mulher e dá um soco. Veja abaixo: 

A mulher disse que estava a uma distância de cerca de cinco metros dos policiais e dos envolvidos no desentendimento. “Eu só fui olhar […] eu fui acompanhando para ver o que estava acontecendo porque eu não tinha entendido”.

De acordo com ela, os agentes mexeram na bolsa do menino durante a abordagem. “Eu pensei ‘bom ele furtou né’, mas não saía nada da bolsa e eu estava tentando entender o que tinha acontecido e nisso eu fiquei parada ali olhando e a polícia vem e me interpela e diz o que está fazendo aqui?”, contou a advogada.

Em seguida, os policiais obrigaram que ela saísse do local e jogaram gás de pimenta em seu rosto. “A minha mãe vem, né para tentar ver o que está acontecendo, eles jogam o gás de pimenta no rosto dela”, afirmou a mulher.

A PM abriu um inquérito Policial Militar pelo Comando do 29º BPM para apuração dos fatos.

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Santa Catarina disse em nota que acompanha o caso e solicitou o afastamento dos policiais militares envolvidos.

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