O motorista Danilo Lima Silva contou, em depoimento à polícia, como buscou as joias para o empresário executado no aeroporto de Guarulhos, Antônio Vinícius Lopes Gritzbach.
Silva também atuava como segurança da vítima e a acompanhava em uma viagem para Maceió, dias antes do assassinato, quando foi solicitado que fosse até um quiosque buscar um pagamento de um homem chamado Alan, que lhe entregou uma sacola com joias.
Ainda durante o depoimento, Silva contou que as pedras preciosas seriam parte de um pagamento que Vinícius deveria receber de R$ 6 milhões, mas não teria dado maiores informações sobre o homem ou sobre a motivação da dívida, só soube que Alan estaria usando uma camiseta do Barcelona.
Durante a declaração, Silva apontou que foi contratado em junho de 2023, após indicação do ex-advogado de defesa do empresário, Ivelson Salotto.
Vinícius tinha dois veículos blindados, mas a família só usava uma Amarok, já que era equipada com uma blindagem superior e sirenes, mas que no dia da execução, o veículo apresentou falhas no combustível, provavelmente com o catalisador do veículo.
A compra e a instalação da proteção foram orquestradas por um amigo chamado Adriano Gedra, em uma loja automotiva no bairro do Tatuapé, zona Leste de São Paulo. Gedra era amigo de infância do empresário, além de ‘braço direito’ para realizar trabalhos de confiança, de acordo com o depoimento de Silva.
Delator do PCC
Por confessar o crime de lavagem de dinheiro e denunciar atos criminosos, Vinícius teve homologada uma delação junto ao Ministério Público contra o Primeiro Comando da Capital (PCC).
Assim teria benefícios como redução da pena, com possibilidade de regime aberto, desde que não fosse condenado por crimes graves. No entanto, precisaria ressarcir R$ 15 milhões aos cofres públicos.
Também prometeu entregar policiais que seriam delatados e que integram o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC) e o 24º Distrito Policial da Capital.
