Perigo! Garimpo ilegal devasta terras indígenas em Mato Grosso e ameaça cultura

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A intensificação das ações contra o garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami, em Roraima, tem gerado uma preocupante migração de garimpeiros para outras regiões do país. Entre os destinos mais impactados está o estado de Mato Grosso, em especial a Terra Indígena Sararé, que abriga cerca de 200 indígenas da etnia Nambikwara e enfrenta crescente pressão devido à invasão de milhares de garimpeiros. Segundo o Ministério da Justiça, liderado por Ricardo Lewandowski, e dados da Polícia Federal (PF), aproximadamente 5 mil pessoas já estariam atuando ilegalmente na região.

A situação na Terra Indígena Sararé destaca a complexidade de combater o garimpo ilegal, que não apenas destrói o meio ambiente, mas também compromete a segurança e os direitos dos povos indígenas. Além dos impactos ambientais, como a contaminação dos rios e a devastação da floresta, o garimpo ilegal está associado a crimes como trabalho escravo e exploração sexual. O problema não se limita ao Mato Grosso: a pressão das ações em Roraima tem levado garimpeiros a migrar para outras partes do Brasil e até para países vizinhos, agravando a crise ambiental e humanitária.

Com uma extensão de mais de 67 mil hectares e homologada em 1985, a Terra Indígena Sararé já vinha enfrentando desafios relacionados à exploração madeireira e à grilagem de terras. A recente invasão de garimpeiros adiciona uma camada ainda mais preocupante a essa realidade, exigindo uma resposta enérgica e coordenada por parte do governo federal.

As ações do governo para proteger a Terra Indígena Sararé

Garimpo ilegal devasta a Terra indígena Sararé e aumenta a violência em Mato GrossoGarimpo ilegal devasta a Terra indígena Sararé e aumenta a violência em Mato Grosso
Garimpo ilegal devasta a Terra indígena Sararé e aumenta a violência em Mato Grosso

Para conter o avanço do garimpo ilegal, o governo federal lançou uma grande operação integrada, que envolve órgãos como as Forças Armadas, Funai, Ibama, Força Nacional e Polícia Rodoviária Federal. A iniciativa é coordenada pela Casa Civil e busca não apenas combater os garimpeiros, mas também desmantelar as estruturas que sustentam a atividade ilegal, incluindo equipamentos, acampamentos e rotas logísticas.

Apesar desses esforços, a Defensoria Pública da União (DPU) destaca a necessidade de operações de longo prazo. De acordo com o órgão, ações pontuais não têm sido suficientes para garantir a expulsão definitiva dos invasores e a proteção dos direitos dos povos indígenas. A experiência de outras operações, como na Terra Indígena Yanomami e na Munduruku, no Pará, serve como referência para estruturar uma abordagem mais consistente e duradoura.

Impactos sociais e ambientais do garimpo ilegal em Mato Grosso


Ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo LewandowskiMinistro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski
Ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski
Bruno Peres/Agência Brasil

O garimpo ilegal causa danos irreparáveis à Terra Indígena Sararé, afetando diretamente os povos tradicionais e o meio ambiente.

Entre os principais impactos estão a destruição da floresta, a contaminação dos rios por mercúrio e outros produtos químicos, além da degradação das condições de vida das comunidades indígenas.

Além disso, a atividade está associada a uma série de crimes, incluindo trabalho escravo, exploração sexual, conflitos violentos e até mesmo assassinatos. A presença de garimpeiros em territórios indígenas ameaça a cultura e a sobrevivência dos povos que ali vivem, agravando uma situação já vulnerável.

MATO GROSSO – CenárioMT

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