Aliança Global contra a Fome e a Pobreza será lançada com adesão de 147 membros fundadores

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A Aliança Global contra a Fome e a Pobreza será lançada nesta segunda-feira (18) com 147 membros fundadores dentre países, organizações internacionais e instituições financeiras.

A iniciativa é uma das prioridades da presidência brasileira do G20 e busca acelerar esforços globais para acabar com a fome e a pobreza.

O G20 — que agrega as 19 maiores economias do planeta, mais União Europeia e União Africana — reúne-se nesta segunda-feira para o primeiro dia de Cúpula, no Rio de Janeiro.

Nesta manhã, o grupo terá uma sessão de debates sobre o tema, seguido de uma cerimônia de lançamento da Aliança Global.

Para aderir à iniciativa, cada país precisa assinar um documento com diversos termos de compromisso, especificando de que maneira poderão participar. Há várias formas. Uma delas é compartilhando experiências de sucesso em políticas públicas no combate à fome e à desigualdade.

Outra maneira é com repasse de recursos ou oferecendo condições favoráveis de financiamento. Há também os países que aderem como interessados em receber ajuda, comprometendo-se a prestar contas e contrapartidas.

Dentre os objetivos da Aliança estão alcançar 500 milhões de pessoas com programas de transferência de renda em países de baixa e média-baixa renda até 2030; expandir refeições escolares de melhor qualidade para mais 150 milhões de crianças em países com pobreza infantil; além de arrecadar crédito e doações por meio de bancos multilaterais de desenvolvimento para implementar programas.

A lista de países ou instituições que podem aderir à Aliança não ficará fechada, podendo incluir novos integrantes ao longo do tempo.

Argentina

Foram 81 países os que já formalizaram adesão ao plano de Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza. Nações como Estados Unidos, China, França, Alemanha, Índia, Austrália, Noruega e Bangladesh assinaram os termos de compromisso.

A Argentina, que tem sido uma voz dissonante nesta edição do G20, não formalizou interesse em participar.

Diplomatas brasileiros avaliam as posições da Argentina como “discrepantes” do restante dos países membros do G20 enquanto enviados dos líderes negociam a declaração final do grupo.

Na reunião preparatória para a cúpula de chefes de Estado, representantes do país vizinho têm expressado oposição assertiva aos temas desalinhados ao governo de Javier Milei.

No Rio, a oposição mais forte da Argentina foi contra políticas de igualdade de gênero defendidas pelo Brasil. A declaração ministerial sobre o tema precisou ser divulgada com destaque para o fato de que todos os integrantes do grupo, exceto a Argentina, concordaram com os termos.

O tema da taxação de super-ricos também teve divergência argentina. O país mudou o discurso sobre o assunto que é discutido desde o início da presidência brasileira. Agora, passaram a ser contra, inclusive, a aspectos já acordados pelos países do grupo.

Veja a lista completa de integrantes fundadores da Aliança

Países membros e entidades regionais:

  1. Alemanha
  2. Angola
  3. Antígua e Barbuda
  4. África do Sul
  5. Arábia Saudita
  6. Armênia
  7. Austrália
  8. Bangladesh
  9. Benin
  10. Bolívia
  11. Brasil
  12. Burkina Faso
  13. Burundi
  14. Camboja
  15. Chade
  16. Canadá
  17. Chile
  18. China
  19. Chipre
  20. Colômbia
  21. Dinamarca
  22. Egito
  23. Emirados Árabes Unidos
  24. Eslováquia
  25. Estados Unidos
  26. Espanha
  27. Etiópia
  28. Federação Russa
  29. Filipinas
  30. Finlândia
  31. França
  32. Guatemala
  33. Guiné
  34. Guiné-Bissau
  35. Guiné Equatorial
  36. Haiti
  37. Honduras
  38. Índia
  39. Indonésia
  40. Irlanda
  41. Itália
  42. Japão
  43. Jordânia
  44. Líbano
  45. Libéria
  46. Malta
  47. Malásia
  48. Mauritânia
  49. México
  50. Moçambique
  51. Myanmar
  52. Nigéria
  53. Noruega
  54. Países Baixos
  55. Palestina
  56. Paraguai
  57. Peru
  58. Polônia
  59. Portugal
  60. Quênia
  61. Reino Unido
  62. República da Coreia
  63. República Dominicana
  64. Ruanda
  65. São Tomé e Príncipe
  66. São Vicente e Granadinas
  67. Serra Leoa
  68. Singapura
  69. Somália
  70. Sudão
  71. Suíça
  72. Tadjiquistão
  73. Tanzânia
  74. Timor-Leste
  75. Togo
  76. Tunísia
  77. Turquia
  78. Ucrânia
  79. Uruguai
  80. Vietnã
  81.  Zâmbia
  82. União Africana
  83. União Europeia

Organizações internacionais:

  1. Agência de Desenvolvimento da União Africana – Nova Parceria para o Desenvolvimento da África (AUDA-NEPAD)
  2. CGIAR
  3. Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL)
  4. Comissão Econômica e Social para Ásia Ocidental (CESAO)
  5. Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP)
  6. Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD)
  7. Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF)
  8. Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA)
  9. Instituto de Pesquisa das Nações Unidas para o Desenvolvimento Social (UNRISD)
  10. Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA)
  11. Liga dos Estados Árabes (LEA)
  12. Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO)
  13. Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO)
  14. Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO)
  15. Organização dos Estados Americanos (OEA)
  16. Organização Internacional do Trabalho (OIT)
  17. Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE)
  18. Organização Mundial do Comércio (OMC)
  19. Organizacão Mundial da Saúde (OMS)
  20. Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS)
  21. Programa Mundial de Alimentos (WFP)
  22. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD)
  23. Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat)
  24. Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA)

Instituições financeiras internacionais:

  1. Banco Asiático de Desenvolvimento (ADB)
  2. Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura (AIIB)
  3. Banco de Desenvolvimento da América Latina e do Caribe (CAF)
  4. Banco Europeu de Investimento (BEI)
  5. Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID)
  6. Grupo Banco Mundial
  7. Grupo Banco Africano de Desenvolvimento (AfDB)
  8. Novo Banco de Desenvolvimento (NBD)
  9. Programa Global de Agricultura e Segurança Alimentar (GAFSP)

Fundações filantrópicas e organizações não governamentais:

  1. Abdul Latif Jameel Poverty Action Lab (J-PAL)
  2. Articulação Semiárido Brasileiro (ASA)
  3. Fundação Bill & Melinda Gates
  4. BRAC
  5. Children’s Investment Fund Foundation
  6. Child’s Cultural Rights & Advocacy Trust Agency
  7. Citizen Action
  8. Education Cannot Wait
  9. Food for Education
  10. Instituto Comida do Amanhã
  11. Fundação Getúlio Vargas (FGV)
  12. GiveDirectly
  13. Global Partnership for Education
  14. Instituto Ibirapitanga
  15. Instituto Clima e Sociedade (iCS)
  16. Câmara de Comércio Internacional
  17. Leadership Collaborative to End Ultrapoverty
  18. Maple Leaf Early Years Foundation
  19. Fundação Maria Cecília Souto Vidigal
  20. Oxford Poverty and Human Development Initiative (OPHI)
  21. Pacto Contra a Fome
  22. Fundação Rockefeller
  23. Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo (SIPRI)
  24. SUN Movement
  25. Sustainable Financing Initiative
  26. Their World
  27. Trickle Up
  28. Village Enterprise
  29. World Rural Forum
  30. World Vision International
  31. Instituto Fome Zero

Conselho dos campeões

A Aliança Global deverá realizar reuniões periódicas para discutir medidas conta a fome e a pobreza, além de instituir um Conselho de Campeões de Alto Nível para supervisionar o trabalho, incentivar a participação ativa de países, além de facilitar o estabelecimento de parcerias concretas.

Veja quem compõe o Conselho:

  • Brasil: Wellington Dias, Ministro de Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome. Suplente: Saulo Ceolin, Coordenador-Geral de Segurança Alimentar e Nutricional, Ministério das Relações Exteriores
  • Bangladesh: Representante sênior da Divisão Econômica Geral da Comissão de Planejamento de Bangladesh, representante a ser anunciado
  • China: Li Xin, Vice-Diretor Geral, Centro Internacional de Redução da Pobreza da China IPRCC
  • União Europeia: Sandra Bartelt, Conselheira Principal, Conselheira Principal para desenvolvimento sustentável do G7 e do G20, Comissão Europeia, Direção-Geral das Parcerias Internacionais
  • Alemanha: Ariane Hildenbrandt, Diretora-Geral do Departamento de Saúde Global, Igualdade de Oportunidades, Tecnologias Digitais e Segurança Alimentar, Ministério Federal de Cooperação Econômica e Desenvolvimento (BMZ)
  • Noruega: Anne Beathe Tvinnereim, Ministra para Desenvolvimento Internacional
  • Portugal: Ricardo Vitória, Subdiretor-Geral de Política Externa, Ministério dos Negócios Estrangeiros. Suplente: João Bezerra da Silva, Chefe das Unidades G20 e Global Gateway, Ministério dos Negócios Estrangeiros
  • África do Sul: representante a ser anunciado
  • Reino Unido: Melinda Bohannon,Diretora-Geral para Humanitário e Desenvolvimento, FCDO. Suplente: Jen Marshall Haugen, Vice-Diretora, Chefe do Departamento de Segurança Alimentar Global, Agricultura e Terras | Diretoria para Humanitário, Migração e Segurança Alimentat, FCDO
  • Presidente do Comitê das Nações Unidas para Segurança Alimentar Mundial: Embaixadora Nosipho Jezile
  • Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO): Maximo Torero, Economista-Chefe
  • Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA): Ron Hartman, Diretor de Engajamento Global, Parcerias e Mobilização de Recursos.
  • Organização Internacional do Trabalho (OIT): Mia Seppo, Diretora-Geral Assistente para Emprego e Proteção Social. Suplente: Shahra Razavi, Diretora, Departamento de Proteção Social Universal.
  • Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID): Ferdinando Regalía, Diretor Executivo do Setor Social.
  • Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE): Pilar Garrido, Diretora de Cooperação para o Desenvolvimento
  • UNIDO: Gunther Beger, Diretor Executivo.
  • Programa Mundial de Alimentos (WFP): Stanlake Samkange, Diretor de Parcerias Multilaterais e de Programas em Países.

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