Os preços dos contratos futuros de minério de ferro subiram em direção ao nível psicológico de US$ 100 por tonelada nesta segunda-feira (18), sustentados pela demanda firme de curto prazo e pelas esperanças renovadas de mais estímulos econômicos por parte da China, o maior consumidor mundial do minério.
O minério de ferro de referência para dezembro na Bolsa de Cingapura subiu 2,78%, a US$ 99,4 a tonelada, depois de atingir a máxima intradiária de US$ 100,3 a tonelada no início da sessão. Na semana passada, o contrato caiu mais de 5%.
O contrato de janeiro do minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China encerrou as negociações do dia com alta de 1,87%, a 761 iuanes (US$ 105,08) a tonelada.
Os analistas disseram que a demanda de curto prazo pelo principal ingrediente da fabricação de aço permaneceu forte, sustentando os preços.
A produção média diária de metal quente entre as siderúrgicas pesquisadas pela consultoria Mysteel subiu 0,8% na semana, para 2,36 milhões de toneladas, em 15 de novembro, a maior desde o início de agosto.
Xangai disse na segunda-feira que reduziria alguns impostos sobre transações imobiliárias a partir de 1º de dezembro, uma medida que apoiará o mercado imobiliário local, de acordo com reportagem da mídia estatal.
Ressurgiram as esperanças de que Pequim possa anunciar mais estímulos nos próximos meses, após uma série de dados decepcionantes no setor imobiliário, o maior consumidor de aço na segunda maior economia do mundo, apesar de uma série de estímulos revelados desde o final de setembro.
“Com Pequim relativamente aberta a guardar seus recursos antes de tarifas potencialmente mais altas em 2025, achamos que a possibilidade de medidas de estímulo adicionais é alta”, disseram analistas do ANZ em nota.
“Isso deve manter o sentimento no setor de minério de ferro e aço relativamente dinâmico”, acrescentaram, reiterando o preço-alvo de curto prazo de 95 dólares por tonelada.