Relembre polêmicas envolvendo o apóstolo Rina, da Bola de Neve, morto em acidente em SP

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O fundador da Igreja Bola de Neve, Rinaldo Seixas Pereira, conhecido como apóstolo Rina, morreu após sofrer um acidente de moto no último domingo (17), no interior de São Paulo.

Após o acidente, apóstolo Rina não resistiu aos ferimentos do acidente e morreu no Hospital das Clínicas da Unicamp, em Campinas. A informação foi confirmada pela Igreja Bola de Neve, no início da noite de domingo.

Relembre abaixo algumas polêmicas

Acusação de agressão e posse de arma

Em julho deste ano, o pastor foi denunciado pela então ex-esposa, a também pastora Denise Seixas, por lesão corporal, violência psicológica, ameaça, injúria e difamação. À época, a Polícia Civil instaurou inquérito para investigar as acusações.

A Justiça também havia concedido medida protetiva para a vítima, estipulando que Rinaldo deveria manter ao menos 300 metros de distância de Denise, familiares e testemunhas, além da proibição de se comunicar com a mulher. Junto à medida protetiva, o Tribunal de Justiça de São Paulo também determinou que o apóstolo entregasse sua arma voluntariamente.

A advogada Gabriela Mansur, que representava Denise Seixas, informou que anteriormente já havia uma determinação para que o pastor entregasse a arma de forma voluntária. Como não houve iniciativa por parte dele, houve um novo acionamento à Justiça.

Procurada pela CNN, a defesa do apóstolo Rinaldo Seixas afirmou que não se opõe à apresentação da arma de propriedade do religioso, “e não ‘armas’, no plural, como equivocadamente chegou a ser noticiado”, diz a nota.

Segundo a defesa, a pistola está registrada, com os documentos atualizados, e guardada em um cofre de um clube de tiro.

“A existência da arma em nada interfere nas investigações em curso, que comprovarão serem falsas as acusações contra o religioso, como, aliás, já ficou demonstrado numa série de depoimentos”, conclui o posicionamento.

Líderes religiosos tradicionais e política

A Igreja Bola de Neve foi fundada em 1999 em São Paulo, no bairro do Brás, mas desde 1993 já aconteciam reuniões para organizá-la. A ausência do tradicional púlpito e da mesa para apoiar a Bíblia fizeram de uma prancha de surfe um dos maiores símbolos de uma tradição que dura 25 anos.

A estética disruptiva – fora do padrão e tradicional – foi incorporada por meio de uma linguagem com direcionamento objetivo. Foi buscando dialogar com o público jovem, que o conceito de um espaço feito para falar sobre e com Deus, modificou o status quo dos templos religiosos no Brasil.

Contudo, com o passar dos anos, o líder da Bola de Neve passou a se aproximar de nomes tradicionais das igrejas evangélicas, que por muitas vezes, apresentavam resistência ao formato adotado pela Igreja.

Em uma publicação em julho de 2023, o pastor Silas Malafaia aparece pregando em uma das unidades da Igreja. A presença do tradicional líder religioso, não foi aceita por todos os fiéis, identificados muitas vezes por posicionamentos mais progressistas. Veja.

Em 2018, houve uma polêmica envolvendo um áudio de apoio ao então candidato Jair Bolsonaro, que foi atribuído ao padre Fábio de Melo. Amplamente divulgado, a autoria do áudio foi posteriormente, atribuída ao pastor Rinaldo Seixas.

Na fala, Rina diz que aquele era o momento de líderes se posicionarem sobre política. Contra o “comunismo”, o apóstolo disse: “Agora é Jair Bolsonaro ou comunismo”. Após a eleição de Bolsonaro, o apóstolo chegou a visitar o antigo chefe do Executivo em Brasília.

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