O medo condiciona muitas atitudes. Talvez, isso explique que é no ato de desespero que, às vezes, encontramos a solução. O jovem Lucas Belezi é o exemplo desse fato.
Escondido em um canto do Caju, porque era preciso o dirigente profissional, Márcio Lara, justificar os milhões gastos em Gamarra e Kaique Rocha, Belezi só foi jogar quando não havia mais soluções para a rotina de erros da zaga central.
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Das duas, uma: ou o jovem Belezi era daqueles que estavam escondidos para serem maturados para estranhos e desconhecidos negócios ou era incapacidade de avaliação?
Paulo Autuori, como ser humano, comete erros, não há dúvida. Mas os seus atributos positivos, entre eles, a honestidade, compensam. Por privilegiar os interesses do Athletico, buscou em Belezi a solução para os problemas da zaga.
O resultado está aí: de personalidade forte e atributos técnicos, Belezi não só resolveu parte do problema, como está resolvendo a outra parte, pois influencia na recuperação do histórico Thiago Heleno. Muitas das falhas do General tinham a ver com Kaike Rocha e Gamarra.
Athletico encara o Atlético-GO na Baixada
O Furacão joga contra o Atlético Goianiense. Dos que já foram jogados e terão que ser jogados, esse jogo, em tese, é o mais complexo.
Pelas mais diversas circunstâncias, o Furacão é o favorito. Mas isso torna-se relativo contra um adversário que, não tendo mais o que perder, joga por orgulho e por dignidade.
Jogar contra um adversário de virtudes subjetivas, é entrar em uma zona cinzenta na qual tudo pode ser encontrado. O desequilíbrio, outra vez, deve ser a torcida que irá lotar a Baixada.
E será assim até que os números cravarem o Athletico no Brasileirão de 2025.