Cotação do peso argentino supera 1 mil por dólar pela 1ª vez

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A cotação do peso argentino superou a marca de 1.000 pesos por dólar pela primeira vez nesta terça-feira (19), no início das negociações do mercado, como resultado de uma depreciação controlada permitida pelo Banco Central de la República Argentina (BCRA).

Por volta de 11h40, o dólar subia cerca de 0,35% contra a moeda argentina, cotado a 1.002 pesos. Na mesma hora, o divisa norte-americana valorizava cerca de 0,4% contra o real, a R$ 5,76.

O movimento reflete uma estratégia da autoridade monetária que permite que o peso enfraqueça 2% ao mês, de acordo com operadores.

Essa política regulatória permitiu ao banco central acumular um saldo comprador de US$ 20,237 bilhões para suas reservas desde que o presidente Javier Milei assumiu em dezembro passado, segundo dados estatísticos da Reuters.

Cédula de 20 mil pesos

A Argentina iniciou a circulação de notas de 20 mil pesos na semana passada, em meio aos esforços do governo federal para reduzir a inflação e cortar gastos públicos.

Em nota, o governo federal afirmou que a medida permite reduzir custos da autoridade monetária e também gastos operacionais do sistema financeiro.

“Uma nota de valor maior permite imprimir um número menor de notas para atender o mesmo nível de demanda por dinheiro pela sociedade. Menos notas na economia reduzem o custo de substituição de caixas eletrônicos e o tempo de processamento em agências”, declarou o governo.

Até então, a maior nota em circulação na Argentina era a de 10 mil pesos, lançada em maio deste ano.

A circulação de notas maiores foi anunciada pelo presidente Milei no fim do ano passado. À época, havia sido informado o lançamento de cédulas de 20 mil e 50 mil pesos em meio a pressões inflacionárias.

Desde o início do governo Milei, porém, o índice de preços mostra queda constante — mesmo se mantendo em três dígitos no acumulado em 12 meses.

A inflação da Argentina caiu para 193% em outubro na soma anual, ficando abaixo de 200% pela primeira vez em quase um ano, informou o Indec, órgão oficial de dados do governo, na terça-feira (12).

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*Com informações da Reuters

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