O mercado físico do boi gordo iniciou a semana com mais uma alta na cotação da arroba, em meio ao cenário de restrição na oferta de gado disponível para abates. Em São Paulo, o preço do boi gordo avançou R$ 3 por arroba nesta segunda (18/11), comparado à sexta-feira (15/11), para R$ 343 por arroba, conforme levantamento da Scot Consultoria.
O valor das fêmeas permaneceu estável, com a novilha cotada em R$ 330 e a vaca em R$ 315 por arroba. Já no sudoeste de Mato Grosso foi o preço das fêmeas que subiu. A cotação da novilha aumentou R$ 5 por arroba, enquanto a da vaca avançou R$ 2 por arroba. Com isso, os valores da novilha e da vaca foram para respectivos R$ 310 e R$ 302 por arroba, na região.
No norte de Minas Gerais, o preço do boi gordo também ficou no azul, em R$ 330 por arroba, segundo a Scot.
A expectativa do coordenador regional de pecuária da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG), Marcelo Martins (Unidade Regional de Alfenas), é que o mercado continue em tendência de alta por um bom tempo, em recuperação aos anos anteriores de baixa.
“Ultimamente, estamos vendo a recuperação do valor do bezerro, que deve atingir ótimos preços, em 2025, pela escassez de animais. Os pecuaristas deverão reter as fêmeas para produção de bezerros, reduzindo a oferta de carne e valorizando a arroba”, disse em nota.
No entanto, Martins ressalta que os produtores ainda enfrentam desafios relacionados aos custos da atividade, como consequência de problemas climáticos.
“A seca foi muito severa em 2024, prejudicando bastante as pastagens. Além disso, a mão de obra, a energia elétrica, os minerais e vários itens necessários na pecuária tiveram fortes altas, estreitando as margens do produtor”, acrescentou.