A Spirit Airlines entrou com pedido de recuperação judicial, anunciou a companhia aérea de baixo custo dos Estados Unidos nesta segunda-feira (18), após enfrentar uma longa série de prejuízos trimestrais, tentativas frustradas de fusões e dívidas prestes a vencer.
A companhia, conhecida por sua pintura amarela vibrante, vinha acumulando perdas apesar da forte demanda por viagens, devido a custos operacionais mais elevados.
Os problemas da Spirit se agravaram após sua fusão planejada com a JetBlue Airways fracassar em janeiro, além do impacto do problema nos motores Pratt & Whitney Geared Turbofan (GTF) da RTX, que paralisou muitas de suas aeronaves.
A companhia aérea listou ativos e passivos estimados entre US$ 1 bilhão e US$ 10 bilhões cada, de acordo com o processo judicial apresentado nesta segunda-feira.
A Spirit firmou um acordo com seus “bondholders”, o que deve reduzir o total da dívida e dar maior flexibilidade financeira.
Como parte do processo de recuperação judicial nos EUA, denominado “Chapter 11”, a companhia recebeu um compromisso de investimento de US$ 350 milhões de bondholders.
Eles também financiarão US$ 300 milhões na modalidade “debtor-in-possession” (DIP), que, junto ao caixa disponível, deve apoiar a companhia no processo de recuperação judicial.
A empresa afirmou que continuará operando seus voos durante o processo e que os clientes podem fazer reservas e voar sem interrupções.
A Spirit espera ser retirada da Bolsa de Valores de Nova York em breve e prevê sair da recuperação judicial no primeiro trimestre de 2025.
As ações da Spirit, cuja negociação foi suspensa nesta segunda-feira, caem mais de 90% no ano.