O bitcoin estendeu as máximas históricas das últimas sessões e superou a marca de US$ 94 mil (R$ 542,3 mil) pela primeira vez nesta quarta-feira (20), com novas notícias sobre o avanço de Donald Trump no mercado cripto.
Reportagem do Financial Times afirmou que o grupo de mídia do presidente eleito dos Estados Unidos, a Trump Media and Technology, está fechando negociação para adquirir a totalidade de ações da Bakkt, uma empresa de comércio de criptoativos.
Por volta das 11h45, o BTC era negociado a US$ 94.082 (R$ 542,8 mil), com avanço de 1,9% nas últimas 24 horas. O mercado cripto funciona de forma ininterrupta, ao contrário de outros ativos que tem horários de abertura e fechamento.
Nesta semana, o bitcoin já havia batido novo recorde ao superar a marca de US$ 92 mil (R$ 530,8 mil).
A alta da cripto é observada desde o início do ano, mas ganhou tração extra com as apostas de vitória Trump para retornar à Casa Branca, no início do mês.
Durante a campanha, o republicano fez uma série de acenos ao mercado cripto, com propostas menos regulamentações até a criação de uma reserve federal em criptomoedas.
Em novembro, o BTC soma alta de 34,7%.
Rumo aos US$ 100 mil?
As recorrentes quebras de recordes animam os investidores a mirarem a marca simbólica de US$ 100 mil (R$ 577 mil) ainda neste ano.
“O que vemos é que esse cenário de valorização não só é possível, como bastante provável. Os fundamentos por trás do bitcoin continuam fortes, e o ambiente macroeconômico global, aliado à crescente adoção institucional, reforçam nossa visão positiva para o futuro próximo”, avalia Francis Wagner, head de criptomoedas da Hurst Capital.
Na avaliação de Luiz Pedro, analista-chefe de criptoativos da Nord Research, alcançar os patamares de US$ 100 mil pode trazer um volume de vendas por parte dos investidores.
“Acho que perto do US$ 100 mil deve ter um fluxo de venda de varejo, principalmente porque tem muita gente com essa ideia cravada de US$ 100 mil, então é mais um aspecto comportamental do que prático de mercado. Do ponto de vista dos investidores institucionais, a gente vê uma entrada forte mesmo nesses patamares elevados”, diz.
No entanto, de acordo com Wagner, esse cenário positivo não se limita somente ao BTC, mas também as outras criptomoedas.
“O mercado de criptoativos segue em um ciclo de crescimento sólido, e a tendência é que essa onda continue no curto e médio prazo”, destaca.
Olhando para o lado do investidor, o especialista da Hurst Capital acredita que, embora o preço de compra do bitcoin, neste momento, possa não ser tão relevante se o investidor estiver disposto a manter suas posições para o longo prazo, é aconselhável ter uma visão estratégica, focando nos fundamentos sólidos da moeda e nas grandes perspectivas positivas para o próximo ano.
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*Com informações da Reuters e Vanessa Loiola, da CNN