Cezar Bitencourt, advogado do ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Mauro Cid, afirmou à CNN na última terça-feira (19), que desconhece os fatos apresentados pela Operação Contragolpe, realizada pela PF e que mira uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
“Eu certamente desconheço essa possibilidade, essa hipótese de que alguém pudesse querer matar este ou aquele presidente. Desde Getúlio Vargas, isso não tem acontecido”, disse o advogado durante entrevista ao CNN Arena.
De acordo com a defesa, Mauro Cid não teria participado de etapa alguma da elaboração do plano.
“Eu não acredito nesse tipo de coisa. De qualquer forma, se houve, se não houve, se pensaram ou não pensaram, eu não sei, mas eu tenho certeza de uma coisa: o Cid não participou de nada”, reforçou.
O ex-ajudante de ordens foi ouvido pela Polícia Federal na tarde de terça-feira, em um inquérito que apura uma trama golpista no Brasil após o resultado das eleições de 2022.
Em setembro do ano passado, ele fechou um acordo de delação premiada depois de ter sido preso no âmbito da Operação Venire, que investiga fraudes em certificados de vacinação contra a Covid-19.
Uma apuração da âncora da CNN, Tainá Falcão, diz que Mauro Cid sabia dos planos para matar o presidente. Investigadores afirmaram que ele participou de reuniões nas quais militares planejavam as execuções.
