Homem é condenado a 19 anos de prisão por morte de ambientalista em SP

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Um júri popular condenou, nesta terça-feira (19), um dos suspeitos envolvidos na morte do ambientalista Adolfo Souza Duarte, conhecido como Ferrugem, que desapareceu na represa Billings, na região metropolitana de São Paulo, após cair de uma embarcação. O crime ocorreu em agosto de 2022.

O julgamento foi realizado pelo 3º Tribunal do Júri da Capital no Complexo Judiciário Ministro Mário Guimarães (Fórum Criminal da Barra Funda), e a pena de Mauricius da Silva foi estabelecida em 19 anos e 2 meses de reclusão em regime inicial fechado pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver.

Segundo a juíza Isabel Begalli Rodriguez, responsável pelo Tribunal do Júri – que começou na segunda-feira (18) –, o réu já tinha histórico de condenação anterior, fator utilizado para o reconhecimento da pena.

A CNN busca contato com a defesa de Mauricius e o espaço segue aberto para manifestações.

Inicialmente, quatro pessoas foram denunciadas pelo crime. Porém, a Justiça considerou improcedente a denúncia contra duas mulheres. Somente Mauricius e Vitório Alax Silva Santos foram acusados.

O processo foi desmembrado porque o réu Vitório recorreu da decisão, mas Mauricios não. Ainda não há data marcada para o julgamento de Vitório.

Crime

Adolfo Souza Duarte, de 41 anos, desapareceu no primeiro dia de agosto de 2022 e foi encontrado cinco dias depois. O ambientalista desapareceu na represa Billings após cair de uma embarcação.

Segundo o delegado Marcos Gomes de Moura, do 101º DP, Ferrugem recebeu R$ 50 para fazer um passeio com dois casais. “Teve uma festinha dentro do barco, as pessoas beberam cerveja e ele até deixou o pessoal pilotar. E em um momento desses, ele estava dançando na parte de trás do barco e uma outra pessoa estava guiando. Foi aí que teve um solavanco, ele e outra mulher caíram”, afirmou o delegado em entrevista no início de agosto.

Em um primeiro momento, a hipótese de crime foi descartada e a polícia investigava o caso como homicídio culposo. No entanto, exames apontaram sinais de asfixia na vítima e, dias depois, a justiça decretou a prisão temporária de quatro jovens pelo envolvimento na morte do ambientalista.

Indiciamento

Em outubro de 2022, cerca de dois meses após o crime, a Polícia Civil indiciou os quatro jovens maiores de idade por homicídio triplamente qualificado por suspeita de envolvimento na morte de Adolfo.

Em depoimento, os jovens alegaram acidente e disseram que houve um solavanco na embarcação em que estavam, o que fez com que Adolfo caísse na água e desaparecesse. Uma reconstituição dos fatos foi realizada em no dia 6 de setembro do mesmo ano.

Com 41 anos, Ferrugem era presidente da ONG Meninos da Billings, que atua para preservar a região da represa com foco na educação ambiental do manancial.

*Sob supervisão

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