Os pedidos de recuperação judicial registraram alta de 37,7% em outubro em comparação ao mesmo período de 2023, de acordo com a Serasa Experian.
Ao todo, o mês contou com 223 solicitações, o terceiro maior resultado de 2024. Somente agosto (238) e julho (228) tiveram dados maiores, segundo o levantamento.
Luiz Rabi, economista da Serasa Experian, explica que o aumento se deve ao aperto monetário causado pela alta da taxa básica de juros, a Selic.
“A alta eleva o custo do crédito e dificulta o pagamento das dívidas pelas empresas. Além disso, a inadimplência dos consumidores impacta negativamente o fluxo de caixa das companhias, já que a inflação reduz o poder de compra, diminuindo as vendas e afetando a saúde financeira dos negócios”, explica.
O Indicador de Falências e Recuperação Judicial da Serasa Experian mostrou que as micro e pequenas lideraram as requisições, com 177 pedidos, em seguida estavam os médios negócios (38) e os grandes (8).
Ainda segundo o indicador, o setor de Serviços registrou a maioria das requisições, com 83, enquanto indústria teve a menor requisição, com 35.
O levantamento também aponta para um aumento nos pedidos de falência.
As micro e pequenas empresas se destacaram com 55 casos, seguidas pelas médias (20) e grandes (17).
O setor de serviço mais uma vez possui o maior número de pedidos, com 39 casos, seguido por comércio (28), indústria (24) e setor primário (1).
Esses requerimentos saltaram de 61 em outubro do ano passado para 92 no mesmo mês de 2024, representando um crescimento de 50,8%.
Ranking: Brasil tem o 3º maior juro real do mundo com Selic a 11,25%