O cardápio do jantar entre os presidentes da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e da China, Xi Jinping, na noite desta quarta-feira (20), teve pirarucu, palmito e farofa de pipoca, que foi servido no prédio do Ministério das Relações Exteriores, o Itamaraty. A culinária brasileira chamou atenção.
Os chineses, acostumados com pratos mais frios, tiveram que experimentar iguarias brasileiras, que são mais quentes.
Os convidados subiram até o último andar no Itamaraty para o jantar reservado com poucas autoridades e empresários.
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Conjunto de prataria dos convidados do jantar; emblema do Ministério das Relações Exteriores ao centro • Reprodução/Redes sociais
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Cardápio do jantar entre Xi Jinping e Lula • Reprodução/Redes sociais
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Xi Jinping discursa durante jantar com Lula e empresários • Reprodução/Redes sociais
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Na mesa dos empresários, a expectativa girou em torno das preocupações que os chineses têm sobre as melhorias e efeitos que a reforma tributária vai gerar a partir da sua implementação em 2026, com previsão de ser concluída em 2033.
Gonçalez contou ao CNN Money que esse interesse dos empresários chineses se deve à vontade que eles têm em investir cada vez mais no Brasil.
Para isso acontecer, no entanto, falta proteção do capital, mas, segundo ele, este tópico não se relaciona com as políticas econômicas domésticas – como o tão aguardado pacote de corte de gastos – e sim com condições econômicas favoráveis aos investimentos.
O encontro não demorou mais do que uma hora e meia.
“A matemática do empresário é mais linear, quanto invisto e recupero, e onde posso cobrar quando tiver algum problema”, afirmou.
“É a mesma pergunta que eu faria se investisse na China. Nosso país transmite essa segurança para investimento, de questionar o certo e o errado”, acrescentou.
Segundo dados do Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC), o volume de investimentos chineses no Brasil apresentou uma redução, apesar de ainda estar em elevado patamar, no valor de US$ 1,73 bilhões.
Ainda assim, o total é o segundo mais baixo desde 2009.
Outro ponto de atenção entre os empresários chineses e brasileiros foi o debate sobre a tendência de substituir o dólar como a moeda mais forte e comercializável entre os países, o que foi estabelecido desde o acordo de Bretton Woods, após a Segunda Guerra Mundial.
A proposta de adotar outra moeda em comum entre os membros do Brics, e não mais o dólar, veio de um encontro em outubro. Porém, as tratativas não avançaram.