O deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) foi indiciado pela Polícia Federal nesta quinta-feira (21), no inquérito que investiga a tentativa de golpe de Estado no Brasil, após o resultado da eleição presidencial de 2022. Ele é o único parlamentar indiciado neste inquérito.
Ramagem tem foro privilegiado, mas, na prática, nada mudará, uma vez que o caso já está no Supremo Tribunal Federal (STF), ou seja, a maior Corte do país.
Alexandre Ramagem foi chefe da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL). O congressista é investigado em outro inquérito, que apura uso ilegal da agência para monitorar autoridades.
Além do parlamentar, o ex-presidente e outras 35 pessoas também foram indiciadas. O relatório final foi encaminhado ao Supremo.
O documento abrange o envolvimento nos atos do 8 de Janeiro, tramas golpistas durante a eleição presidencial de 2022, bem como o plano para assassinar o então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSD) e o ministro Alexandre de Moraes, do STF.
As 37 pessoas foram indiciadas pelos crimes de:
- Abolição violenta do Estado Democrático de Direito
- Golpe de Estado
- Organização criminosa
A CNN tenta contato com a defesa do deputado federal.
O ex-presidente Jair Bolsonaro se manifestou em uma rede social.
“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse Bolsonaro no X (antigo Twitter).
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