O indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outras 36 pessoas não deve atrapalhar os trabalhos do Congresso até o final do ano, avalia o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.
“O Congresso Nacional tem um compromisso muito grande com a agenda econômica do governo”, disse Padilha em entrevista ao CNN 360º (segunda a sexta, 15h) nesta sexta-feira (22). Para ele, os parlamentares serão parceiros “nessa mexida que tem o papel fundamental de manter esse ciclo de crescimento econômico”.
Sobre as investigações da Polícia Federal (PF) que apontaram um suposto plano para matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Padilha disse que elas são um “alerta para a democracia”. O vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) também eram alvos do plano de assassinato.
“Infelizmente, quando teve a tentativa do golpe do dia 8 de janeiro, eu falava: essa cultura do ódio, do atentado contra a democracia, de menosprezar a vida das pessoas que foi semeada ao longo de anos, durante todo o governo do ex-presidente [Jair Bolsonaro], de certa forma, contaminou várias instituições civis, militares, do Executivo, do Parlamento, da imprensa, do Judiciário. Infelizmente, teve contaminação pessoal”, disse.
Acho que o principal alerta é a democracia, é sabermos que existe, infelizmente, um movimento político de extrema direita que leva a cometer crimes como esse
Alexandre Padilha
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