A Polícia Federal e a Receita Federal realizam uma operação contra um esquema criminoso de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro em Santa Catarina, na manhã desta sexta-feira (22).
O objetivo da Operação Pérola Negra é desarticular a organização criminosa que, por meio dos crimes, causou um prejuízo aos cofres públicos que pode passar de R$ 400 milhões.
Segundo a Receita, o alvo é um grupo empresarial que atua na fabricação e venda de barcos de luxo. Os agentes cumprem 10 mandados de busca e apreensão, sendo nove na capital catarinense e um na cidade de Palhoça (SC).
Além das ordens judiciais, a Justiça determinou o bloqueio de contas bancárias e ativos financeiros e o sequestro de bens e valores em um total de R$ 300 milhões.
A investigação aponta que os responsáveis utilizavam empresas em nome de terceiros para burlar as execuções fiscais.
Os suspeitos também mantinham um alto padrão de vida incompatível com os rendimentos declarados, incluindo patrimônio no exterior e empresas sediadas em paraísos fiscais.
Os envolvidos poderão responder pelos crimes de organização criminosa, fraude à execução, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro. As penas somadas podem chegar a 26 anos de prisão.
A operação desta sexta também conta com o apoio da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional. As investigações tiveram a cooperação policial internacional dos Estados Unidos.
O nome da Operação Pérola Negra faz referência ao navio do personagem “Capitão Jack Sparrow”, do filme “Piratas do Caribe”. Assim como o famoso pirata do filme se esquivava das autoridades, a empresa investigada, que atua no setor de fabricação de barcos, também se esquiva de suas obrigações tributárias, segundo a Receita.