“Houve falha na segurança“, diz governador em exercício do RS sobre morte de líder de facção

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O governador em exercício do Rio Grande do Sul, Gabriel Souza, disse à CNN que admite falha na segurança da penitenciária Estadual de Canoas (Pecan), após a morte do criminoso Jackson Peixoto Rodrigues, conhecido como Nego Jackson, dentro da cela.

“Houve falha na segurança, nós admitimos. E, por isso, preventivamente já afastamos cinco servidores de imediato. Agora, vamos investigar como essa arma entrou no presídio”, disse o governador à reportagem da CNN.

De acordo com o governador, foram afastados o diretor do complexo prisional de Canoas, dois supervisores de turno, o chefe de segurança e o responsável pela galeria no momento do crime.

“A decisão de afastar os servidores é no sentido preventivo da investigação. Eles serão questionados. Enquanto isso, teremos esse procedimento”.

A morte do criminoso acende um alerta na segurança pública do Rio Grande do Sul. Uma fonte ligada à cúpula da segurança disse que desde o ocorrido estão sendo feitas reuniões estratégicas para evitar retaliações das facções.

“Sempre que tem a morte de um líder, há preocupação de revanche ou retaliação. Isso pode ocorrer dentro e fora dos presídios. Com domínio de um território, por exemplo, já que fica uma lacuna. Por isso, a segurança está sendo reforçada”, explicou.

Na tarde desta segunda-feira (25), o governo do Rio Grande do Sul organizou uma coletiva para tratar da morte do criminoso conhecido como “Nego Jackson”, um dos mais perigosos do estado gaúcho.

O detento, que já foi considerado o foragido número 1 do estado, levou sete tiros pela janela da cela. Os dois detentos, identificados como os assassinos, são de uma facção rival à de Jackson.

Mesmo considerados “inimigos”, os presos estavam na mesma galeria, mas em celas diferentes. De acordo com apuração da CNN, presos de diferentes facções ficavam neste mesmo local, separado pelas portas de ferro. Uma pequena janela que fica na porta, foi utilizada por um criminoso conhecido como “Sapo”, para efetuar os disparos.

Informalmente, uma fonte que tem acesso a Pecan 3, disse que os agentes fazem uma “chamada” para a contagem dos presos e foi neste momento que o detento saiu para o corredor da galeria. Ao invés de retornar após responder “presente”, ele abriu a janela onde estava Jackson e disparou diversas vezes.

“Nego Jackson”, tinha uma ficha extensa na polícia e era investigado por aproximadamente 30 homicídios com requintes de crueldade. Polícia civil investiga como a arma entrou no presídio e se houve participação de agentes penitenciários.

Até o momento, a principal suspeita é que um drone tenha levado a arma até o complexo prisional.

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