O presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), João Galassi, defendeu em entrevista ao CNN Money que Alexandre Bompard, CEO do Carrefour, seja responsabilizado pela polêmica envolvendo a não comercialização de carnes do Mercosul na França, não o nome do supermercado.
“Este problema se chama Alexandre Bompard, não Carrefour. Essa empresa tem 130 mil funcionários no Brasil e tem anos de participação no país. Os funcionários dessa empresa foram pegos de surpresa”, disse.
Galassi classificou as falas de Bompard como ofensas ao agronegócio brasileiro. O representante disse acreditar que a solução da questão será viabilizada por uma retratação do CEO.
“O que esperamos? Desculpas. O Carrefour compra carne de onde ele quiser. O problema foi questionar a qualidade da carne brasileira”, disse.
“Está na hora da diplomacia brasileira entrar em ação”, completou ao pedir diálogo.
Questionado sobre se o boicote dos frigoríficos poderia impactar os negócios do supermercado, Galassi ponderou que o Carrefour representa 12% dos R$ 1 trilhão vendidos pelo setor, e que 5% deste percentual diz respeito a carnes, antes de indicar que o impacto não seria tão significativo.
A JBS interrompeu o fornecimento de carne ao Carrefour, na quinta-feira (21). Na sexta (22), a Masterboi também realizou a suspensão de 250 toneladas de carne ao supermercado.
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