Disney faz acordo de US$ 43 milhões em processo sobre remuneração de mulheres

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A Walt Disney concordou em pagar US$ 43,3 milhões para resolver uma ação judicial alegando que suas funcionárias na Califórnia ganharam US$ 150 milhões a menos do que seus pares do sexo masculino em um período de oito anos, disseram os advogados das autoras da ação em um comunicado nesta segunda-feira (25).

Como parte do acordo, a Disney concordou em contratar um economista do trabalho por três anos para analisar a equidade salarial entre funcionários em tempo integral, não sindicalizados, da Califórnia, abaixo do nível de vice-presidente.

O profissional vai abordar as diferenças, disseram os três escritórios de advocacia que representam as autoras da ação.

A ação foi originalmente movida por LaRonda Rasmussen em 2019, após ela descobrir que seis homens com o mesmo cargo ganhavam substancialmente mais, incluindo um com vários anos a menos de experiência, que recebia US$ 20 mil por ano a mais que ela.

Cerca de 9 mil funcionárias e ex-funcionárias da empresa de entretenimento acabaram aderindo ao processo. A Disney tentou impedir a ação coletiva, mas um juiz decidiu em dezembro do ano passado que ela poderia prosseguir, disse Andrus Anderson, um dos escritórios de advocacia, na época.

“Elogio enfaticamente a Sra. Rasmussen e as mulheres que moveram essa ação de discriminação contra a Disney, uma das maiores empresas de entretenimento do mundo. Elas arriscaram suas carreiras para levantar a questão da disparidade salarial na Disney”, disse Lori Andrus, sócia da Andrus Anderson, no comunicado desta segunda-feira.

A Disney já havia contestado as alegações e conclusões da ação judicial. A empresa não respondeu ao pedido de comentário da Reuters em um primeiro momento.

O caso também foi apoiado por uma análise dos dados de recursos humanos da Disney de abril de 2015 a dezembro de 2022, que constatou que as funcionárias da Disney recebiam cerca de 2% menos do que seus pares homens.

A análise foi conduzida por David Neumark, professor e economista do trabalho da Universidade da Califórnia em Irvine.

O acordo, que foi apresentado em um tribunal estadual da Califórnia, ainda precisa ser aprovado por um juiz, de acordo com os advogados.

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