Uma operação integrada em Mato Grosso foi deflagrada nesta terça-feira (26/11) para recapturar o o principal financiador e articulador do assalto na cidade de Confresa, em abril do ano passado. O assalto aterrorizou a cidade do nordeste mato-grossense. Com ele foi apreendido um fuzil AK47, arma de uso proibido, além de munições do mesmo calibre, em uma ilha no interior do Pará.
Durante a abordagem, o criminoso fez disparos contra as equipes policiais, que reagiram. Ele foi socorrido, mas não resistiu aos ferimentos.
O homem tinha três mandados de prisão em aberto e era apontado como líder de uma facção criminosa paulista, envolvido no planejamento de crimes violentos conhecidos como “domínio de cidades”.
Operações contra a organização criminosa em Mato Grosso
O criminoso foi investigado pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) e Delegacia Regional de Vila Rica, responsáveis por identificar os envolvidos no ataque à filial de uma empresa de segurança e transporte de valores em Confresa. O ataque utilizou explosivos de alto poder destrutivo e fuzis de grosso calibre. Ele foi alvo da Operação Pentágono, em outubro de 2023, que cumpriu 35 mandados contra investigados por crimes semelhantes.
O inquérito da Polícia Civil de Mato Grosso apurou crimes como organização criminosa, roubo majorado, incêndio, disparo de arma de fogo, porte de arma de fogo e dano qualificado. Parte dos criminosos presos já foi sentenciada pela 7ª Vara Criminal de Cuiabá a penas que somam 191 anos de reclusão.
Diligências investigativas e troca de informações entre as Polícias Civis de Mato Grosso, Minas Gerais e Pará permitiram localizar o criminoso em uma ilha na Comunidade de São Pedro de Viseu, no município de Mocajuba, Pará.
O homem também era investigado por liderar uma quadrilha que, em janeiro de 2007, atacou agências bancárias na cidade de São Gotardo, Minas Gerais. Na ocasião, o grupo fez reféns, incluindo um juiz, um delegado e um promotor, e utilizou armamento como o fuzil .50, capaz de derrubar helicópteros.
Foragido desde 2015 do Sistema Penitenciário do Pará, o preso usava identidades falsas.
A operação contou com a GCCO de Mato Grosso, Delegacia de Repressão ao Crime Organizado do Pará, Polícia Rodoviária Federal e Bope de Goiás.