Ramagem teria enviado a Bolsonaro informações falsas sobre o sistema eleitoral, diz PF

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O deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) foi citado no relatório final da Polícia Federal (PF) que investiga uma tentativa de golpe de Estado.

De acordo com o documento — enviado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) à Procuradoria-Geral da República (PGR) nesta terça (26) –, Ramagem, que à época comandava a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), teria repassado ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) “dados falsos sobre o sistema eletrônico de votação”.

Segundo a PF, Giancarlo Gomes Rodrigues, subtenente do Exército brasileiro cedido à Abin teria atuado sob o comando de Ramagem para criar “informações inverídicas” relacionadas ao ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux e Luís Roberto Barroso. O objetivo, segundo o órgão, seria “desacreditar o processo eleitoral”.

Junto a Giancarlos, um policial federal também cedido à Agência atuou sob a direção do deputado com o mesmo intuito.

Pela análise de dados, a Polícia também concluiu que Ramagem planejou e executou “medidas para desacreditar o processo eleitoral brasileiro” através de um documento chamado “Presidente TSE informa.docx”, criado em 10 de julho de 2021 e modificado em 27 de julho do mesmo ano dois dias antes de uma transmissão ao vivo feita por Bolsonaro nas redes.

Na live, o ex-presidente teria atacado o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e as urnas eletrônicas.

Ao todo, Ramagem foi citado 68 vezes no relatório da PF.

O que diz Alexandre Ramagem

Nas redes sociais, o deputado publicou uma postagem no X (antigo Twitter) de um vídeo discursando na tribuna da Câmara e comentou sobre “narrativas e invenção de crimes”.

“Narrativas e invenção de crimes. Criminalizam quem age dentro da lei. Já abusos se tornaram parte do sistema”, escreveu.

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