Tocantins: Após canto de ódio em colégio militar, PM determina novas diretrizes

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Após um grupo de alunos ter sido filmado cantando uma música cuja letra apresentava mensagem de ódio, a Polícia Militar do Tocantins publicou uma portaria estabelecendo novas regras para as canções militares. O texto foi assinado pelo comandante-geral da corporação, coronel Márcio Antônio Barbosa de Mendonça.

O caso em questão ocorreu na semana passada no Colégio Militar Euclides Bezerra Gerais, em Paranã (TO), cidade localizada a cerca de 350 quilômetros da capital Palmas.

Um trecho da letra diz: “Se eu não te matar, eu vou te prender”. Veja abaixo:

A medida, publicada no Diário Oficial, visa garantir que as músicas produzidas e executadas pela corporação promovam valores como disciplina, honra e patriotismo, em substituição a qualquer tipo de discurso de ódio.

Veja abaixo as novas regras:

  • Exaltação de valores, com destaque aos ideais como hierarquia, disciplina, honra, coragem, lealdade e patriotismo;
  • Identidade institucional, que deve fazer menção à missão, história, tradição e características específicas da PMTO;
  • Clareza e simplicidade, compreensível e de fácil memorização, contendo elementos poéticos de rima, permitindo que todos possam cantar em uníssono;
  • Melodia deve conter estímulo emocional, que evoque sentimento de orgulho, determinação, motivação e o elevado espírito de abnegação e sentimento de pertencimento à Instituição;
  • Ritmo marcial deve facilitar o acompanhamento em marchas ou cerimônias, geralmente em compasso binário ou quaternário;
  • Temática deve exaltar a missão, o dever, reflexo e atribuição constitucional da Corporação.

Após o ocorrido, o governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa (Republicanos), afastou o diretor e policiais militares do Colégio Militar Euclides Bezerra Gerais.

A Polícia Militar do Tocantins disse que o caso se trata de “uma atividade extracurricular” realizada no colégio, e reforçou que a avaliação “se tratou de uma ação pontual, que não faz parte da rotina diária da unidade escolar”.

Segundo a Secretaria de Estado da Educação, “foi determinada a instauração de uma comissão de apuração, para investigar a situação e garantir que tal ocorrência não se repita”.

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