A reação imediata em defesa do agronegócio brasileiro feita nos últimos dias pelas entidades que representam o setor, indústrias e líderes políticos, levou o grupo Carrefour a publicar um comunicado oficial de retratação para amenizar os impactos decorrentes do posicionamento feito pelo CEO do grupo na França, Alexandre Bompard.
Na tentativa de amenizar a situação, o Carrefour diz que a carta não questiona a qualidade ou os padrões sanitários da carne brasileira e que, consideram de alta qualidade e sabor. O pedido de desculpas foi feito após o setor produtivo mostrar repúdio e os frigoríficos suspenderem o fornecimento de carnes às lojas do grupo no Brasil.
Apesar dessa retratação, a polêmica se mantém aquecida na defesa do agronegócio brasileiro que frequentemente é alvo de críticas infundadas da Europa, em especial, a França.
Conforme o deputado estadual, Gilberto Cattani (PL), ao Conexão FPA-MT desta semana “se o passarinho gritou, a pedrada acertou”. Para ele, o pedido de desculpas do grupo francês, feito para amenizar a situação, ocorreu após as declarações do setor.
“Eu acho um absurdo que eles possam se manifestar lá do outro lado do planeta contra a nossa agricultura e principalmente, nossa comercialização e excelência da nossa carne. Nós somos um estado livre de vacinação de febre aftosa pelo trabalho magnifico do governo do estado, do Indea e dos produtores. Quando se despreza nosso produto, vai receber em contrapartida nosso repúdio”, afirma.
O deputado ainda afirma que Mato Grosso é um dos estados mais sustentáveis do planeta e se compararmos com a França, “batemos neles” de dez a zero.
“Sempre tentaram manchar o nosso agronegócio e precisamos fazer o dever de casa. Temos que nos posicionar defendendo a nossa produtividade e sustentabilidade que o nosso agro possui e que temos áreas muito bem preservadas”, diz.
O diretor-executivo do Fórum Agro, Xisto Bueno, explica que a crítica foi extremamente infundada sobre a carne brasileira. O Brasil possui as leis ambientais mais rigorosas do mundo e o processo de sanidade animal, faz inveja para qualquer país do mundo.
“Foi uma jogada que diz respeito a questões comerciais, um protecionismo do produtor francês, mas fazer isso de forma difamatória do produto brasileiro não pode ser vista com bons olhos”, explica.
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