O Brasil registrou crescimento de 2,1% no consumo de energia elétrica em outubro de 2024, alcançando 71.613 MW em média. O aumento, registrado pela CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica) na 3ª feira (26.nov.2024), reflete o impacto do calor e da atividade econômica aquecida em várias regiões, especialmente no Sul, Sudeste, Norte e parte do Nordeste.
Cerca de 60% do consumo total foi do mercado regulado, onde os consumidores adquirem energia das distribuidoras locais. Este segmento viu um aumento de 1,2% em comparação ao ano anterior. O crescimento foi impulsionado pelas temperaturas elevadas em grande parte do país, notadamente nas regiões Norte, Sudeste e Sul, que incentivaram o uso de equipamentos de refrigeração.
O mercado livre, por sua vez, experimentou um avanço de 3,5% no consumo. Esse aumento se deve ao bom desempenho econômico de quase todos os setores monitorados pela CCEE e à incorporação de novas cargas ao segmento.
No âmbito das atividades econômicas, a indústria automotiva liderou o crescimento com um aumento de 10% em relação ao mesmo mês do ano passado. Os setores de manufaturados diversos e saneamento também se destacaram, com crescimentos de 9,2% e 7,2%, respectivamente. Em contraste, os setores de telecomunicações e químicos enfrentaram quedas de 2,4% e 4,0%.
A análise regional indicou que as temperaturas acima da média nas regiões Norte, Sul, Sudeste e parte do Nordeste, juntamente com a forte atuação do mercado livre, foram determinantes para o aumento do consumo nacional.
O Maranhão registrou o maior crescimento, com 10,5%, seguido por Santa Catarina, com 9,3%, e Amazonas, com 5%. Por outro lado, Acre, Amapá e Goiás viram reduções no consumo devido a um menor volume de chuvas e temperaturas mais amenas, com quedas de 5,1%, 4,4% e 4,1%, respectivamente.