Corte de militares vai representar menos de 1% do pacote fiscal

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A revisão de gastos no Ministério da Defesa deve alcançar R$ 2 bilhões em dois anos. O número representa menos de 1% do montante total, de R$ 71,9 bilhões, previsto para serem cortados até 2026.

A proposta estabelece uma economia anual de R$ 1 bilhão por ano até 2030. Os valores foram divulgados pela equipe econômica do governo nesta quinta-feira (28) durante cerimônia no Palácio do Planalto.

Veja o que será incluído na revisão de gastos dos militares:

  • fim do benefício pago a familiares de militares expulsos das Forças Armadas — prática chamada de “morte ficta”;
  • passagem para a reserva remunerada vai aumentar a idade mínima de 50 para 55 anos;
  • aumento do desconto para os fundos de saúde para 3,5% para todos. Atualmente, cada Força tem um valor mínimo, podendo chegar a 3,5%, dependendo da quantidade de dependentes;
  • Extingue a transferência de pensão.

Mudanças nas aposentadorias dos militares já haviam sido mencionadas no pronunciamento à nação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em rede nacional. Na ocasião, o chefe da pasta econômica disse que o benefício previdenciário passaria por ajustes.

“Para as aposentadorias militares, nós vamos promover mais igualdade, com a instituição de uma idade mínima para a reserva e a limitação de transferência de pensões, além de outros ajustes. São mudanças justas e necessárias”, disse Haddad na quarta-feira (27).

O pacote fiscal é esperado pelo mercado financeiro desde o fim das eleições municipais, em outubro. Com a expectativa do anúncio, o dólar disparou na quarta-feira (27) e ultrapassou R$ 5,90, o maior valor da história.

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