A Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) deflagrou a Operação Tolerância Zero, nesta quinta-feira (28.11), na Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá. A ação teve como objetivo a retirada de materiais ilícitos da unidade.
Nos raios três e seis da unidade, foram encontrados 86 celulares, mais de 130 chips, 50 porções de maconha, 20 de cocaína, além de fones de ouvido e carcaças de aparelhos. Em uma cela específica, foram localizados 32 celulares, sugerindo que o espaço funcionava como uma oficina para reparos nos dispositivos.
Outro destaque da operação foi a descoberta de seis celulares na cela de um preso de alta periculosidade. O secretário adjunto de Administração Penitenciária, delegado Vitor Hugo Bruzulato, determinou a abertura de um procedimento administrativo para investigar como os aparelhos entraram no presídio.
“Já determinei a instauração de um procedimento administrativo para apurar o acesso dos presos aos celulares, principalmente deste considerado de alta periculosidade. Todos os aparelhos foram apreendidos e passarão por perícia da Politec. O conteúdo será investigado pela Polícia Judiciária Civil, com a devida responsabilização dos envolvidos”, afirmou Bruzulato.
As medidas fazem parte do programa estadual “Tolerância Zero ao Crime Organizado”, lançado pelo governador Mauro Mendes. Segundo Bruzulato, ações como esta serão intensificadas para coibir irregularidades e investigar possíveis conexões dos detentos com crimes externos.
Resultados da operação em Cuiabá
Mais de 100 agentes participaram da operação, incluindo policiais do Serviço de Operações Especiais (SOE), Grupo de Intervenção Rápida (GIR), Núcleo de Inteligência e Coordenadoria de Inteligência Penitenciária (Coinpen). O material apreendido passará por análise e contribuirá com investigações em andamento.
“Vamos intensificar as operações, melhorar os procedimentos de segurança, impedir a entrada de materiais ilícitos e retirar também tudo o que for encontrado. As operações também visam apurar as irregularidades na entrada de aparelhos celulares e drogas, além de investigar possíveis ligações dos presos com crimes fora das unidades penais”, complementou o delegado.