O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou, em entrevista à CNN nesta segunda-feira (2), que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) responderá à denúncia por tentativa de golpe de Estado. No entanto, Flávio classificou o inquérito da Polícia Federal (PF), que indiciou o ex-chefe do Executivo, como uma “grande feijoada” de narrativas para incriminar o pai.
“Bolsonaro vai responder a esse processo, mas acho que é uma ‘grande feijoada’. Ele [Alexandre de Moraes] tentou colocar tudo dentro de um caldeirão só, um caldeirão de narrativas, com falta de provas. É só água com salsicha, que eles vão querer transformar em uma espécie de denúncia grave, algo contra o Estado Democrático de Direito”, disse o senador.
Defensor do PL da Anistia, Flávio defendeu que a proposta deve incluir não só o ex-presidente Bolsonaro, mas também o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.
“PL da Anistia não tem que incluir só o presidente Bolsonaro, tem que incluir o Alexandre de Moraes, os policias federais que estão sendo usados pelo ministro [Moraes]. Se o policial civil no estado do Rio de Janeiro faz o que um policial federal faz, o que ele faz nesse inquérito, ele está na Corregedoria, vai ser expulso da corporação”, declarou o parlamentar.
Para Flávio, a anistia tem de ser “ampla, geral e irrestrita”.
O senador não descartou a possibilidade da defesa de Bolsonaro recorrer a cortes internacionais em caso de condenação do ex-presidente.
“A defesa vai ter que ir para essa linha também. Tem diversos precedentes no Tribunal de Direitos Humanos da ONU, de pessoas que revertem a sua situação de… jurídica no país quando se constata que houve uma perseguição, uma ilegalidade”, ressaltou o senador.
A CNN procurou o ministro Alexandre de Moraes para comentar as declarações de Flávio Bolsonaro e aguarda retorno.