O analista de Economia da CNN Fernando Nakagawa destacou que o mercado financeiro demonstrou uma reação menos intensa à crise política na Coreia do Sul, após uma queda inicial significativa nos ativos do país.
Inicialmente, quando a notícia da declaração de lei marcial pelo presidente Yoon Suk Yeol chegou aos agentes econômicos, houve uma leitura de possível escalada do conflito com a Coreia do Norte, o que poderia representar um problema de grandes proporções.
Recuperação parcial dos ativos
No entanto, com o desenrolar dos acontecimentos e a reação do parlamento sul-coreano, a percepção dos investidores mudou. “Começa a ganhar corpo a leitura entre os agentes econômicos de que se trata de um problema doméstico, de uma crise política interna”, explicou Nakagawa.
Essa mudança de perspectiva resultou em uma recuperação parcial dos ativos sul-coreanos. O principal indicador que acompanha a bolsa de Seul, negociado em Nova York, que inicialmente caía 4%, reduziu sua queda para cerca de 2%. Da mesma forma, a moeda local, o Won, que chegou a perder 2% de seu valor, passou a cair aproximadamente 1%.
Crise interna vs. Conflito internacional
Nakagawa ressaltou que, para o mundo econômico, um problema doméstico, mesmo envolvendo um governo fragilizado e com dificuldades para avançar sua agenda no Congresso, é visto como menos grave do que uma potencial escalada das tensões entre Pyongyang e Seul.
“É um problema, mas de menor tamanho”, concluiu o analista, indicando que o mercado está interpretando a situação como uma crise política interna, e não como um prenúncio de conflito internacional mais amplo.