Um levantamento inédito realizado pelos Cartórios de Registro Civil revelou um cenário alarmante em Mato Grosso: mais de 1,4 mil crianças e adolescentes ficam órfãos a cada ano. A pandemia de Covid-19, em particular, agravou significativamente essa situação, sendo responsável por um terço dos casos registrados em 2021.
Os dados, compilados pela Associação dos Notários e Registradores de Mato Grosso (Anoreg-MT), mostram que entre 2021 e 2024, mais de 5 mil crianças perderam pelo menos um dos pais. A Covid-19, direta ou indiretamente, foi a causa de morte de quase mil dessas crianças.
A pandemia da Covid-19 acelerou um problema já existente, intensificando a perda de pais e, consequentemente, o número de órfãos. A doença não apenas causou mortes diretas, mas também indiretas, através de complicações em outras doenças preexistentes.
O estudo revela que, além da Covid-19, outras doenças como infarto, AVC, sepse e pneumonia também contribuíram para o aumento da orfandade. A pesquisa demonstra a necessidade de políticas públicas mais robustas para atender às necessidades dessas crianças e adolescentes que perderam seus pais.
Impacto da pandemia
A pandemia da Covid-19 expôs a fragilidade do sistema de proteção social e a necessidade de fortalecer as redes de apoio para crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade. A perda dos pais representa um trauma profundo e pode ter consequências duradouras para o desenvolvimento dessas crianças.
A importância dos dados em Mato Grosso
A coleta e análise desses dados são fundamentais para a criação de políticas públicas mais eficazes para atender às necessidades das crianças e adolescentes órfãos.
Com base nesses números, é possível identificar as regiões mais afetadas, as principais causas de morte e as necessidades específicas desse grupo populacional.