Van Hattem para diretor-geral da PF: “Se é um crime contra a honra que estou cometendo, que me prenda!“

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O deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS), voltou a acusar o delegado Fábio Schor de fazer “relatórios fraudulentos” contra Filipe Martins, ex-assessor de Jair Bolsonaro (PL), que ficou preso entre fevereiro e agosto deste ano, durante sessão da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara (CCJ).

Durante a tarde da última terça-feira (03), na reunião em que estavam presentes o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, e o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, o deputado também afirmou que está sofrendo “perseguição política”, por ter sido indiciado no último dia 25, justamente pela denúncia já realizada anteriormente.

“Se é entendimento que eu estou fazendo crime contra a honra, por que o seu chefe da PF, diretor-geral Andrei, que está aqui, não me prende agora? Em flagrante delito, se é um crime contra a honra que eu estou cometendo, que me prenda!”, afirmou o deputado.

O indiciamento de van Hattem se deu por um discurso feito no plenário da Câmara, no dia 14 de agosto, em que o parlamentar mostrou a foto do delegado Schor e o acusou de produzir “relatórios fraudulentos”, citados também na tarde de ontem.

O presidente Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), saiu em defesa do parlamentar, criticando publicamente o indiciamento, ao afirmar que a tribuna é “inviolável” e que a voz dos deputados “é a voz do povo”, de forma que não pode ser “silenciada”.

O diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, não respondeu ao parlamentar durante a sessão da CCJ.

Após o silêncio de Rodrigues, van Hattem completou, afirmando que ele “não foi preso, isso é crime contra a honra, estamos diante de um prevaricador”.

O ministro Lewandowski saiu em defesa do diretor-geral da PF, afirmando que “não pode admitir este tipo de comportamento”.

Durante a tarde desta quarta-feira (04), no entanto, durante café com jornalistas, Andrei Rodrigues comentou as falas de Lira, ao afirmar que não existe “imunidade absoluta”.

“Nós precisamos separar aquilo que é liberdade de expressão, o que é a prerrogativa que o parlamentar tem de suas falas, de seus votos, e o que é o crime. Não há direito absoluto. Não há essa imunidade absoluta que alguns querem para cometer crimes”, declarou.

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