A Polícia Civil de São Paulo fechou uma fábrica clandestina de whey protein, anabolizantes e outros suplementos alimentares em Mongaguá, no litoral paulista, na última segunda-feira (9). Um químico de 43 anos foi preso em flagrante.
Segundo o boletim de ocorrência, a equipe policial recebeu uma denúncia anônima sobre a existência da fábrica, localizada no bairro Itaguaí. Nas proximidades do local, os policiais observaram um homem abrindo o portão do imóvel. O suspeito foi abordado, mas nada foi encontrado com ele.
Quando questionado sobre a denúncia, o suspeito negou a existência de qualquer material ilícito dentro da propriedade.
Ao entrar no imóvel junto ao homem, a equipe policial localizou duas porções de uma substância semelhante a maconha e uma bandeja contendo extrato de soja e um pó para fabricação de sorvete. Além desses materiais, foram encontradas nove embalagens com rótulos de whey protein, diversas agulhas, rótulos e potes vazios.
Em outro cômodo do imóvel, utilizado como depósito, os policiais identificaram cerca de 517 frascos de anabolizantes, 69 de testosterona, e mais de 40 frascos com outros hormônios e suplementos. Além disso, foram achadas 35 mil cápsulas vazias, seis frascos de glutamina,15 quilos de extrato de soja e alicates de pressão. Os itens foram apreendidos.
A polícia questionou o suspeito sobre a origem dos materiais. O homem teria afirmado que alugou o imóvel a cerca de uma semana e o organizava para funcionar como um local de produção de whey protein falsificado.
Como funcionava a falsificação
O preso misturava extrato de soja e pó de sorvete nos produtos para criar aroma e textura semelhantes aos dos originais. Dessa forma, as novas substâncias comercializadas passavam a não ter valor nutricional.
Ele também produzia anabolizantes por meio de uma mistura de ácidos, produtos químicos e óleos (de forma aleatória) e confeccionava as cápsulas que continham os materiais.
À polícia, o suspeito afirmou ser o responsável pelos produtos e que tinha o auxílio de outras duas pessoas, que residem em São Vicente, também no litoral paulista. Um dos suspeitos tinha a função de distribuir todo o material em farmácias e academias de musculação na região. Já o outro seria o líder do esquema, sendo responsável pela parte financeira e de mentoria da produção das substâncias.
* Sob supervisão