Plano de rastreabilidade individual de bovinos e bubalinos é avanço para a pecuária brasileira, diz Abiec

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O Plano Nacional de Rastreabilidade Individual de Bovinos e Bubalinos foi anunciado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), nesta terça-feira (17). A medida é considerada um avanço pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec).

O Plano é resultado de um Grupo de Trabalho criado pela Secretaria de Defesa Agropecuária, que contou com a participação de diversas entidades da cadeia produtiva.

“Sua instituição vai representar um avanço significativo na eficiência da defesa agropecuária do país, garantir um melhor controle da qualidade e segurança alimentar e, consequentemente, potencializar a abertura de novos mercados e a manutenção dos já existentes para a carne brasileira”, diz a Abiec, em nota.

O Brasil é o maior exportador mundial de carne bovina e já está presente em mais de 150 países.

Controle individual de animais

ILPF, boi
Foto: Gabriel Faria/Embrapa

Embora já possua um sistema de rastreabilidade consolidado, baseado no controle da movimentação de animais, através da Guia de Trânsito Animal (GTA), hoje ela é feita por lotes. “Com o Plano, através de tecnologias como bottons e brincos eletrônicos, este controle passará a ser feito por animal, individualmente”, salienta a Associação.

Para a Abiec, a rastreabilidade individual obrigatória representa um passo decisivo para a defesa agropecuária brasileira, permitindo respostas rápidas a emergências sanitárias e fortalecendo a confiança dos mercados internacionais.

“Além de proteger a cadeia produtiva contra eventuais prejuízos, esse sistema moderniza o setor e será fundamental para a abertura e manutenção de novos mercados”, afirma o presidente-executivo da entidade, Roberto Perosa.

Tempo de adaptação

Segundo ele, para o produtor, a rastreabilidade individual vai permitir uma melhoria na gestão do rebanho e das propriedades. “A implementação gradual, baseada em etapas progressivas, vai dar ao setor o tempo necessário para se adaptar”, pondera.

O diretor de Sustentabilidade da Associação, Fernando Sampaio explica que o Plano foi construído buscando consenso entre as partes interessadas, mas que ainda serão necessários esforços públicos e privados, sobretudo para o apoio a pequenos produtores na adaptação.

De acordo com a Abiec, as regras foram pensadas para facilitar a adoção da rastreabilidade e a eficiência do sistema, especialmente no registro de movimentações e na interoperabilidade de sistemas estaduais e nacionais.

O cronograma de implementação inclui o desenvolvimento do sistema nacional, a integração dos sistemas estaduais e a identificação gradual dos rebanhos ao longo de três etapas. Ao mesmo tempo, os estados também já estão se adiantando em relação ao Plano Nacional.

A Associação lembra que Santa Catarina já possui rastreabilidade individual obrigatória, o Pará está implementando seu programa e São Paulo já anunciou o seu sistema.

Canal Rural

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