Com a chegada do verão e o aumento das temperaturas, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) do Paraná emitiu um alerta para o risco de transmissão da raiva por morcegos. A época reprodutiva da espécie intensifica sua atividade, tornando mais frequente a entrada acidental desses animais em residências e áreas urbanas, aumentando o contato com humanos e animais domésticos.
Dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) mostram que 41,6% das agressões por morcegos ocorrem entre dezembro e março, com picos em janeiro e fevereiro.
Em 2023, a diferença entre os atendimentos antirrábicos de janeiro/fevereiro e maio foi de 83%, padrão semelhante ao de 2024, com uma diferença de 71% no mesmo período. A Sesa recomenda evitar qualquer interação com morcegos, vivos ou mortos, especialmente os que apresentarem comportamento incomum, como atividade diurna.
O que fazer em caso de ataque
A raiva, principal doença transmitida pela saliva por meio de mordidas, arranhões ou contato com mucosas, é uma doença grave e, na maioria dos casos, letal.
Em caso de contato direto com morcegos, a recomendação é lavar o ferimento com água e sabão e procurar atendimento médico imediato. Se encontrar um morcego em casa, isole o local ou contenha o animal e acione a Secretaria Municipal de Saúde.
A Sesa reforça ainda a importância da vacinação antirrábica anual para cães e gatos, mesmo os que não têm acesso à rua.