O Ministério Público de São Paulo, pela pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) e pela Promotoria de Mairiporã, denunciou, nesta quinta-feira (18), 20 integrantes da Mancha Alviverde pela emboscada contra torcedores do Cruzeiro que deixou um morto em outubro deste ano.
Os promotores de Justiça entenderam que os palmeirenses assumiram o risco do resultado homicida, por motivo torpe e com emprego de meio cruel e de meio que possa resultar perigo comum. A denúncia destacou que a ação dificultou a defesa da vítima por:
- Superioridade numérica;
- Planejamento e execução da emboscada de modo a atacar as vítimas durante a madrugada, quando repousavam em ônibus de transporte coletivo, dificultando a possibilidade de reação;
- Bloqueio do trajeto dos ônibus que obrigaram a parada dos veículos coletivos quando cercado pela “multidão delinquente”.
O cruzeirense José Vitor Miranda dos Santos, de 30 anos, morreu por traumatismo cranioencefálico devido aos de golpes desferidos com instrumento contundente, na rodovia Fernão Dias, segundo a pasta.
Relembre o caso
A emboscada aconteceu no dia 27 de outubro, quando os torcedores mineiros retornavam para Belo Horizonte (MG), após jogo contra o Athletico Paranaense, em Curitiba (PR).
Um dos ônibus com torcedores do Cruzeiro foi incendiado e, o outro, depredado. Além do torcedor que morreu, outros 17 ficaram feridos. Segundo a polícia, barras de ferro, pedaços de madeira, fogos de artifício e rojões foram apreendidos no local.
Até o momento, 15 pessoas suspeitas de envolvimento no ataque já foram presas pela polícia.