Por Heather Schlitz
CHICAGO (Reuters) – Os contratos futuros da negociados na bolsa de Chicago caíram para o nível mais baixo em quatro anos nesta quarta-feira, pressionados pelas perspectivas de safra abundante no Brasil e pela queda nos preços do , depois que uma proposta de lei de gastos do governo dos EUA não incluiu um suporte ao biodiesel, disseram os traders.
Os futuros do acompanharam a queda da soja, enquanto o oscilou, já que os investidores avaliaram um corte nas estimativas da produção russa de trigo, contrapondo-se a fortes colheitas na Austrália e na Argentina.
Um mais forte também pesou sobre os futuros de grãos dos EUA.
O contrato de soja mais ativo recuava cerca de 23 centavos, para 9,535 dólares o bushel, por volta das 15h30 (horário de Brasília), próximo dos valores mais baixos desde setembro de 2020.
Cada contrato de soja atingiu uma baixa histórica durante a sessão de terça e quarta-feira.
No Brasil, o maior produtor e exportador de soja do mundo, as chuvas regulares aliviaram a seca e colocaram o país no caminho certo para uma safra recorde de 171,5 milhões de toneladas métricas, informou a consultoria AgRural na segunda-feira.
A soja foi ainda mais prejudicada pelas perdas acentuadas do óleo de soja, após a notícia, na terça-feira, de que um projeto de financiamento do governo dos EUA não incluía apoio ao biodiesel, entre outras políticas e gastos relacionados à agricultura.
As vendas técnicas também impulsionaram ainda mais a queda da soja.
“Trata-se de uma quebra técnica que está atraindo mais vendas à medida que caímos”, disse Joe Davis, trader da Futures International.
(Reportagem de Heather Schlitz em Chicago. Reportagem adicional de Gus Trompiz em Paris e Peter Hobson em Canberra)